Foi há quase um ano que a autoridade norte-americana para as telecomunicações e multimédia decretou que todos os influencers digitais estariam, doravante, obrigados a revelar as parcerias comerciais estabelecidas com empresas. De acordo com o documento, sempre que estiverem "a ser pagos para publicar um post ou um vídeo", estes agentes ficam obrigados a revelá-lo de forma "clara e visível".
Apesar de a norma ter entrado em vigor ainda durante a primeira metade de 2017, a Universidade de Princeton concluiu que a maioria dos influenciadores do YouTube e Pinterest ainda não está a adicionar os avisos adequados nas publicações que se enquadram nesta categoria. O estudo em questão analisou 500 mil vídeos do YouTube e 2,1 milhões de pins do Pinterest publicados entre agosto e setembro de 2017. Deste universo, os investigadores concluíram que apenas 3.472 vídeos e 18.237 pins incluíam links relacionados com o patrocinador, ao passo que apenas 10% (vídeos) e 7% (pins) estavam rotulados com os necessários acordos de divulgação por escrito.
De acordo com a revista Wired, a FTC quer que os influencers sejam bastante claros relativamente aos acordos estabelecidos com as marcas que patrocinam o seu trabalho, mas os avisos não têm de ser obrigatoriamente extensos. "Eu recebo uma pequena comissão por cada vez que vocês comprarem um produto através destes links", é um dos exemplos adequados.
Arunesh Mathur explica que este estudo não leva em conta a maioria dos patrocínios estabelecidos entre as marcas e estes "editores" digitais, uma vez que só foram analisados posts e vídeos que continham links diretos para plataformas comerciais. Por outro lado, adianta, também não foram considerados os acordos de patrocínio explicados em vídeo. Mathur afirma, contudo, que tem quase a certeza de que "apenas uma fração ínfima dos criadores de conteúdos revela os acordos noutros espaços que não na descrição escrita dos seus posts".
O problema de se manterem os acordos de patrocínio longe da vista dos seguidores e subscritores é que as recomendações comerciais feitas pelos influencers podem ser mal entendidas pelos restantes utilizadores, que, nestes casos, dificilmente conseguirão distinguir entre a sugestão de um produto que o autor gosta realmente, de uma recomendação paga pela marca do próprio artigo.
Atualmente algumas redes sociais já integram funcionalidades próprias que permitem adicionar informação relativamente ao patrocinador em cada post, mas, para a FTC, estas opções não são suficientes.
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