As autoridades gregas proibiram a Google de recolher imagens para o seu serviço Street View até que esta forneça mais informações acerca da forma como pretende tratar e armazenar as fotografias e sobre as garantias dadas em termos de privacidade às pessoas registadas.

Do outro lado do mundo, no Japão, a gigante da Internet vai ser obrigada a fotografar de novo as 12 cidades daquele país já retratadas para o serviço, devido a queixas de invasão de privacidade. A proposta passa por baixar em 40 cm as câmaras que registam os locais, de modo a diminuir o seu alcance.

Na Grécia, o organismo para a protecção de dados quer que o Google assegure que não fotografará localidades que "possam revelar dados sensíveis", além de definir um prazo para o armazenamento das imagens originais, antes do tratamento que apaga rostos e matrículas de automóveis, uma prática instituída devido às queixas que inicialmente foram dirigidas ao serviço.

Exige-se igualmente que o armazenamento das imagens seja auditado por empresas independentes, que certifiquem que as medidas de protecção da identidade dos gregos fotografados são respeitadas.

O Google Street View, que mostra imagens em 360 graus de ruas de várias cidades no mundo, tem causado polémica em vários lugares a que tem chegado, com recorrentes acusações de invasão de privacidade, como aconteceu na Grã-Bretanha.

Em Portugal, o serviço foi anunciado no passado mês de Abril e deverá estar operacional no final deste ano. Lisboa, Porto e Braga foram as cidades escolhidas para constarem deste serviço integrado no Google Maps, assente em imagens fixas panorâmicas com um pormenor ao nível da rua, que permite ao utilizador navegar visualmente por um determinado local.