O interesse global e fenómeno do ChatGPT está a ser utilizado em campanhas de malware no Facebook. O alerta é dado pela casa-mãe da rede social, a Meta, que descobriu que a ferramenta de inteligência artificial generativa está a ser utilizada para atacar vítimas através de apps e extensões maliciosas, mas também anúncios de publicidade e outras plataformas de redes sociais.
A Meta afirma que, desde março, encontrou cerca de 10 famílias de malware e mais de 1.000 links maliciosos para websites que promovem ferramentas ligadas ao popular sistema de chatbot, ChatGPT, refere no seu blog. A gigante tecnológica compara estas novas campanhas de phishing com as que eram constantemente utilizadas com as criptomoedas.
A tecnológica afirma que, em alguns casos, o malware era propagado através de um sistema funcional do ChatGPT, disfarçando os ficheiros infetados. A Meta afirma que depois da sua investigação já tomou ações contra os hackers que procuram tirar vantagem do interesse das pessoas nesta tecnologia.
“Sabemos que os grupos maliciosos por trás das campanhas de malware são extramente persistentes e estamos à espera que continuem a tentar encontrar novas táticas e a elaborar formas de sobreviver às disrupções em qualquer plataforma onde estão a infetar”, refere a empresa de Mark Zuckerberg.
De forma a mitigar o problema, a empresa realça que continua a analisar o malware e a criar proteções e sistemas de deteção para bloqueio à escala, atualização de segurança dos produtos, suporte à comunidade e educação. A Meta procura ainda partilhar as informações das ameaças com outras empresas e levar os responsáveis a tribunal. Estas medidas, segundo a tecnológica, obrigam a aumentar os respetivos custos dos grupos maliciosos.
A dona do Facebook chama a atenção dos utilizadores a serem mais cautelosos quando fazem o download de novo software, tais como extensões para os browsers ou aplicações para smartphones, assim como o download de ficheiros em geral da internet.
De acordo com dados de um recente estudo da BlackBerry, onde foram inquiridos 1.500 profissionais de TI e cibersegurança vindos dos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, 51% dos participantes acreditam que o ChatGPT poderá ser utilizado em ciberataques nos próximos 12 meses.
O valor sobe para 78% no que toca ao uso do chatbot em ataques ao longo dos próximos dois anos. O estudo realça que 71% dos profissionais entrevistados acreditam que cibercriminosos apoiados por Estados-Nação estão já a utilizar o chatbot da OpenAI para fins maliciosos.
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