A Meta diz que nos últimos anos desenvolveu mais de 30 ferramentas para suportar os adolescentes e famílias nas suas aplicações e redes sociais, mas pretende continuar a fazer mais para tornar as suas plataformas mais seguras. Em dezembro reuniu especialistas e educadores ligados à saúde mental e segurança, assim como pais, para uma conferência em Washington DC dedicada ao tema e aos desafios que as famílias enfrentam na idade digital.
Entre as várias conclusões da conferência, foi reiterada a importância de trabalhar diretamente com os pais, jovens e especialistas para criar as experiências que preencham as necessidades únicas dos adolescentes. E pretende-se ajudar no diálogo entre os jovens e as suas famílias sobre a utilização das redes sociais. Reforçou-se mesmo que os pais necessitam saber todos os truques e dicas, assim com recursos disponíveis para aqueles que estão preocupados com o tempo que os seus filhos passam online.
O presidente da Meta para assuntos globais, Nick Clegg, apelou aos legisladores e reguladores globais para trabalharem juntos num regulamento consistente e claro sobre a segurança e proteção dos mais novos durante a sua experiência online. “Todos têm um papel, as empresas das redes sociais, as famílias, os pais, governos e reguladores. Este é um espaço onde penso ser totalmente legítimo e normal para que os reguladores ajam”. E apela que Washington e Bruxelas continuem a discutir o assunto, trazendo as respetivas contrapartes como a Índia para a agenda.
A dona do Facebook e WhatsApp diz que suporta os reguladores globais a criar leis consistentes, capazes de se adaptarem à continua evolução das tecnologias, para que possam ser implementadas com sucesso pelas empresas desta indústria. E dessa forma procurar preservar o direito dos adolescentes em estarem online, mas dentro de ambientes seguros, que os ajudem a expressar-se.
O que a Meta tem feito para apoiar os jovens nas redes sociais
Procurando não esperar pelas decisões dos reguladores, a Meta diz que tem vindo a introduzir ferramentas para tornar a experiência dos jovens mais segura. A introdução de controlos parentais ajuda os pais a terem maior controlo dos seus filhos sobre o tempo online. Os sistemas de verificação de idade também ajudam os adolescentes a obterem experiências apropriadas para a sua faixa etária e por outro lado, oferecer mais definições de segurança por defeito. A pro-atividade em remover conteúdos potencialmente perigosos e sensíveis também é prioridade nas suas medidas. E por fim, oferecer aos jovens mais ferramentas para que gastem o seu tempo online de forma mais significativa.
A Meta deixa três desafios que têm de ser superados pela indústria, de uma forma global. O primeiro é a forma de se verificar a idade dos utilizadores, para que as crianças não consigam aceder a aplicações que não foram feitas para si, e tenham experiências apropriadas para a sua idade. A segunda é a forma como se oferecem as experiências próprias para a idade dos mais novos.
Por fim, a construção de controlos parentais mais eficazes para que os pais controlem melhor os seus filhos. No fundo, o desafio colocado a todos é que ajudem a construir um local seguro, prevenindo a proliferação de conteúdos de abuso sexual de crianças ou venda de drogas ilícitas.
De recordar que a Meta foi multada em setembro de 2022, naquela que foi considerada uma multa-recorde de 405 milhões de dólares, relacionado com o Instagram. A multa enquadrou-se no contexto de uma investigação às práticas da rede social do universo da Meta em relação à privacidade dos dados das crianças, com as mesmas a constituírem uma violação do RGPD.
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