A Meta também tem planos para lançar uma solução de inteligência artificial, semelhante ao que a OpenAI nos trouxe com o seu ChatGPT. Mark Zuckerberg revelou que a empresa está a desenvolver "personas" artificiais que deverão ajudar as plataformas sociais da gigante tecnológica a elevar as experiências que oferecem aos seus utilizadores. Mas o lançamento não está para breve, segundo sublinhou o CEO.

Na prática, este investimento pode traduzir-se em novas funcionalidades avançadas, para o WhatsApp e Messenger, bem como em filtros únicos, para o Instagram. Independentemente do produto final, fica a promessa de que a empresa quer criar novas ferramentas que permitam aos utilizadores expressar-se de novas maneiras.

As equipas especializadas em IA estão a ser reorganizadas num grupo uno e a investir na criação de modelos generativos, mas Zuckerberg indica que ainda há muitas bases por construir, antes de qualquer projeto se transformar num produto utilizável.

Importa sublinhar que a Meta não está agora a iniciar-se na inteligência artificial. Apesar desta nova geração de soluções generativas estar vários níveis acima do que tem sido feito no sector das redes sociais, desde 2016 que o Messenger conta com chatbots, um trabalho que pode ajudar a empresa a alavancar estes novos projetos.

ChatGPT: “Estamos a viver um momento histórico no uso de Inteligência Artificial”
ChatGPT: “Estamos a viver um momento histórico no uso de Inteligência Artificial”
Ver artigo

Outros gigantes da indústria tecnológica já redefiniram estratégias para colocar a IA no topo das suas prioridades de desenvolvimento. Por agora, e apesar de se manter focada no metaverso, a Meta aparenta não querer perder o barco da inteligência artificial. Na última conferência de acionistas, Zuckerberg sublinhou que a gigante norte-americana quer tomar uma posição de liderança no segmento da IA generativa.

Esta indefinição pode custar à empresa numa altura em que as receitas continuam a diminuir. Recentemente, a Meta despediu cerca de 11 mil trabalhadores e o investimento que tem feito na construção do metaverso não parece estar a ter o retorno desejado. Apesar de as plataformas sociais da empresa continuarem a ganhar utilizadores, o império de Zuckerberg não parece tão estável quanto outrora.