Diversos movimentos das grandes empresas ligadas aos videojogos apontam que a próxima geração de consolas e da indústria geral possa passar pela oferta de serviços em streaming. É uma meta que se persegue há muitos anos, mas até agora sem a massificação necessária. A Microsoft anunciou a criação de uma divisão de “cloud gaming” a introduzir na sua plataforma Azure.
Em janeiro a empresa adquiriu a PlayFab, uma especialista em desenvolver serviços e videojogos baseados em tecnologia cloud. A Microsoft já tem a estrutura básica montada em torno do Xbox Game Pass, um serviço semelhante ao Plus da PS4 que dá acesso a uma quantidade de jogos gratuitos através de uma mensalidade.
Ainda que não haja mais detalhes sobre os planos da Microsoft ou qualquer serviço de streaming anunciado, outros concorrentes já estão online com as suas soluções. A Sony é a mais experiente, através do serviço PlayStation Now, oferecendo uma seleção de jogos da PS4 aos seus subscritores. A tecnologia assenta na aquisição do Gaikai, pioneira na visão dos jogos “on demand” via streaming e em ferramentas do Onlive, outra empresa que tentou tornar-se no “Netflix de jogos” há vários anos.
A NVidia parece estar bem posicionada através do serviço GeForce Now, que já se encontra em testes beta. Também a Google poderá estar prestes a anunciar os seus planos de Game Streaming através do projeto “Yeti”.
Embora a estrutura deste tipo de serviços já tenha sido implementada, o principal entrave para que arranque definitivamente é o “imput lag”, ou seja, a rapidez de resposta dos controlos limitados essencialmente pela velocidade da internet. O jogador dá um comando a um jogo, que terá de ser transmitido ao servidor, que reenvia o respetivo feedback de volta ao utilizador.
Não é coincidência que os serviços de jogos por streaming sejam novamente assunto, numa altura em que se fala da iminente chegada das ligações 5G. Ao pagar um serviço de jogos por streaming, os utilizadores deixam de se preocupar com instalações, atualizações de drivers, manutenção do disco, e outras situações ligadas aos videojogos.
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