A Microsoft procedeu à substituição da tecnologia de suporte ao seu serviço de pesquisa, deixando de utilizar a tecnologia do Yahoo e passando a usar o seu próprio software, conforme estava previsto.



Para já a substituição para tecnologia própria tem efeitos em 25 países, em dez línguas e é acompanhada de uma forte campanha publicitária que mostra, mais uma vez, o empenho da companhia norte americana em reforçar posição no mercado de pesquisas online e aproximar-se do líder Google.



A alteração é acompanhada de uma reestruturação do site MSN que passa a centrar-se nas funcionalidades de pesquisa, agora totalmente da responsabilidade do gigante de software que dedicou dois anos e meios ao seu desenvolvimento.



O novo MSN tem disponível de forma gratuita 40 mil artigos, que complementam os 1,5 milhões de factos fornecidos pela Encarta, a enciclopédia da Microsoft que é aqui uma peça central para fornecer respostas exactas a perguntas objectivas, uma das apostas do novo MSN. Tal como os seus concorrentes, o serviço aposta ainda nas pesquisas locais, com o serviço Near Me e no streaming de música.



A campanha promocional, que acompanha o lançamento, vai correr nas televisões, imprensa escrita e outdoors com especial incidência em mercados como o americano, japonês e britânico, representando parte do investimento de 100 milhões de dólares que a empresa estima ter feito no novo serviço de pesquisa.



Temporariamente a Microsoft vai continuar a utilizar a tecnologia do Yahoo em alguns mercados, onde se incluem os sites da Coreia e Japão, onde ainda assim também conta publicitar o novo motor de busca.



O afastamento do Yahoo acontece também ao nível da publicidade. Até agora a empresa responsável pela angariação de publicidade relacionada com os critérios de pesquisa do utilizador era uma subsidiária do Yahoo que assegura também o serviço para a marca, a Overture Services. Com a sua própria tecnologia de pesquisa a Microsoft está a optar por assegurar a parte comercial do serviço, que é o grande atractivo do negócio.



Só este ano, os analistas prevêem que as receitas deste tipo de publicidade atinjam os 5 mil milhões de dólares, dos quais pelo menos 500 milhões deverão reverter a favor da Microsoft que controla mais de 10 por cento do mercado.



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