A Microsoft mostrou hoje em Portugal as novidades do novo Office, que deverá estar disponível de forma geral no primeiro trimestre de 2013, mas que começará a chegar aos clientes empresariais já em novembro, para clientes com licenciamento em volume com software assurance e para os utilizadores do Office 365 Enterprise. O modelo de licenciamento é uma das grandes mudanças do novo Office, também para utilizadores domésticos.

Já está também em vigor uma oferta de lançamento para quem comprar o Office 2010 a partir de 19 de outubro, nas versões Windows ou Mac, pode transferir gratuitamente a nova versão, quando ela estiver disponível.

Marcos Santos, gestor do Office na Microsoft Portugal, destaca que esta é a versão mais avançada de sempre, e que traz mais flexibilidade aos utilizadores individuais e empresas, que ganham novas ferramentas de colaboração.

Entre as mudanças na forma de utilização, no interface mais fluido e na maior integração, está também a alteração do modelos de licenciamento. “O novo Office vai deixar de chamar-se 2010, 2011 ou 2012 e ser sempre o novo Office. O cliente vai ter sempre a versão mais atualizada com o modelo de subscrição, sem ter de se preocupar com as atualizações”, assegura.

O Office vai continuar a estar disponível em pacote tradicional, nas versões Casa e Estudante, Casa e Negócios e Office Profissional, mas estas licenças só podem ser instaladas numa máquina, deixando de existir pacotes para três PCs como existiam na versão de Casa. Como uma achega adicional: estas licenças não são transferíveis para outras máquinas.

As mudanças principais são na subscrição, que utiliza a marca Office 365 e que garante que o utilizador mantém sempre a versão mais recente. Aqui há três modelos: o Office 365 Casa Premium, Office 365 Universitários e Office 365 pequenas empresas Premium.

A versão Office 365 Casa Premium pode ser instalada em 5 PCs ou Macs e contém todas as aplicações do Office tradicional. Os preços ainda não estão disponíveis e Marcos Santos garante que não se podem converter diretamente os valores já revelados nos Estados Unidos, mas o pacote inclui ainda 20 GB adicionais de espaço no Skydrive e ainda acesso a 60 minutos de comunicações para redes fixas em todo o mundo no Skype.

O Office 365 universitários exige que o utilizador tenha um endereço numa universidade, acreditada junto do ministério da educação, e a subscrição é válida por 4 anos, permitindo 2 instalações por utilizador em PC ou mac e mantendo a oferta de 20 GB de Sydrive e de chamadas no Skype.

Para as pequenas e médias empresas o Office 365 pequenas empresas Premium, dá acesso a um ano de subscrição, para 5 PCs e Mac, e 1 utilizador por licença - dentro da empresa ou fora da empresa.

A versão para dispositivos com Windows RT, em equipamentos ARM, vai estar pré instalada nas máquinas, com uma licença perpétua.

Em resposta ao TeK Marcus Santos explica que se os utilizadores não quiserem renovar as suas subscrições têm de mudar os documentos para um Skydrive pessoal, no caso dos utilizadores individuais, ou para outro espaço fora do Sharepoint, no caso das empresas, e usar um outro tipo de licenciamento clássico ou as Office Web Apps.

Atualmente o Office está a ser utilizado em 3,6 milhões de PCs em Portugal, sendo que 44% já usam a versão mais recente, o Office 2010. A versão do Office na cloud, o Office 365 já conta com mais de 70 mil utilizadores, e a edição lançada em julho para a educação – gratuita - tem 31 mil utilizadores.

Algumas das novas funcionalidades do Office já tinham sido descritas no TeK, mas destaca-se o Office on demand, ou Office a pedido, que permite ter o Office em qualquer lugar e em qualquer dispositivo – e que está disponível para as principais aplicações do pacote de produtividade, com as funcionalidades completas e não numa versão light, como a que está já disponível no Skydrive.

Marcos Santos destacou ainda o Roaming, que permite usar o mesmo ambiente da aplicação em qualquer lugar, desde que se autentique.

O novo Office vai ser multiplataforma, ficando disponível para os sistemas operativos móveis iOS e Android,

A Microsoft apresentou também um estudo onde mostra que o défice de produtividade em Portugal pode estar relacionado com a falta de flexibilidade e mobilidade no trabalho e na tecnologia. O estudo abrangeu 1.500 colaboradores, em 15 países europeus – em que se inclui Portugal.

Segundo o estudo, em Portugal apenas metade das empresas portuguesas incorporam a flexibilidade no seu modelo de trabalho. 37% dos trabalhadores revela que nunca trabalharam fora do escritório, e 82% dizem fazer horas extraordinárias todas as semanas, sendo que 63% fazem-no no local de trabalho.

O mesmo relatório indica que 68% dos portugueses declaram que seriam mais produtivos se pudessem trabalhar de forma flexível, garantindo um melhor equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, destacando-se esta percentagem como a mais elevada na Europa. Mas 37% dos portugueses inquiridos afirmam que nunca trabalharam fora do seu local habitual de trabalho.

E embora 44% das empresas garantam ter uma política de trabalho flexível, apenas 14% possui uma política proactiva de produtividade.

Nota de redação: Foi corrigida uma gralha na notícia.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Fátima Caçador