A Internet é cada vez mais usada por terroristas para planear e desenvolver ataques, avisa a ONU num relatório ontem publicado pela UNODC, a unidade contra crimes e drogas. O organismo publicou um relatório onde dá indicações práticas sobre a forma como governos e entidades de segurança podem combater os terroristas neste terreno.



O relatório é o primeiro do género produzido pelo organismo das Nações Unidas e foi desenvolvido em colaboração com a Task Force de contra terrorismo.





Não é a primeira vez que uma entidade internacional reconhece o papel que a Internet tem no recrutamento, financiamento, divulgação de propaganda, treino e organização de atos terroristas. A rede tem um efeito global multiplicador que amplia a capacidade de execução e contato de grupos dispersos, ampliando os impactos sobre as vítimas, reconhece a ONU.





"Potenciais terroristas usam tecnologias de comunicação avançadas que usam a Internet para chegar a uma audiência global de uma forma relativamente anónima e a um custo muito baixo" afirmou Yuri Fedotov, diretor executivo da UNODC durante o anúncio do relatório.





Recorrendo a exemplos concretos, a publicação explora a legislação existente para que as forças de segurança possam lidar com os terroristas, e aponta falhas concretas na criminalização e penalização destes atos. O documento avança ainda com recomendações para a utilização do enquadramento legal a nível nacional e internacional para conseguir criminalizar, investigar e penalizar os casos de terroristas que usam a Internet.




A UNODC alerta ainda para a necessidade de maior cooperação entre as entidades policiais em todo o mundo, mas aponta já casos bem sucedidos, como a detenção de um membro das forças armadas revolucionárias na Colombia, Leonardo, em 2008.


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