A Operação PowerOFF foi um esforço conjunto das agências policiais em todo o mundo, coordenada pela Europol e inclui a Polícia Judiciária. A operação teve como objetivo impedir uma tradição natalícia dos cibercriminosos que é utilizar ataques de DDoS para deitar abaixo os websites mais procurados nesta época. Como tal, foram desmanteladas 27 das mais populares plataformas utilizadas para este tipo de ataques, incluindo nomes como a zdstresser.net, orbitalstress.net e a starkstresser.net.

Segundo a Europol, estas plataformas, conhecidos como “booters” e “stressers”, permitem tanto aos cibercriminosos como também os chamados “hacktivistas” inundarem os alvos com tráfego massivo ilegal, entupindo o acesso aos websites ou serviços baseados em web. Três administradores destas plataformas ilícitas foram detidos na França e Alemanha e foram tomadas várias medidas contra cerca de 300 utilizadores destes serviços.

Para completar esta operação multifacetada, a Europol coordenou as forças policiais de 15 países, incluindo Portugal, Brasil, Austrália, Alemanha, Japão, Suécia, França, Reino Unido, Estados Unidos e outros.

A época festiva do Natal tem sido um período onde os hackers executam ataques DDoS disruptivos, causando perdas financeiras elevadas, danos à reputação e um caos operacional para as suas vítimas, refere a Europol. As motivações passam pela sabotagem económica ou ganhos financeiros, assim como razões ideológicas, como os grupos de “hacktivistas” Killnet e o Anonymous Sudan.

A Europol aponta que prestou o apoio analítico, os conhecimentos especializados em rastreio de criptomoedas e assistência forense à investigação, facilitando simultaneamente o intercâmbio de informações através do Grupo de Ação Conjunta contra a Cibercriminalidade a partir da sua sede.

A polícia está a lançar uma campanha publicitária online para dissuadir as pessoas que se envolvem neste tipo de atividades e as consequências de um ataque DDoS. Nos anúncios de pesquisa da Google vão ser enviadas mensagens de dissuasão aos jovens que procuram estas ferramentas e anúncios no YouTube para aqueles que procuram tutoriais sobre como utilizar as mesmas. Vão também ser enviadas mais de 250 cartas de advertência e mais de 2.000 mensagens de email aos utilizadores destes serviços ilegais.