Os dados do relatório da empresa especializada em cibersegurança indicam que o número de ataques na região da Europa, Médio Oriente e África (EMEA) estão um pouco abaixo da média global e que entre os sectores mais atacados se destacam a educação e investigação, com 4.347 ataques por semana, em média.
O Relatório de Inteligência de Ameaças EMEA acaba de ser divulgada no evento anual da Check Point que está a decorrer em Viena, o CPX, onde a empresa reúne líderes do sector, especialistas em cibersegurança e decisores políticos para discutir as ameaças emergentes e o impacto da IA na ciberguerra, assim como as evoluções na área da segurança. A empresa vai anunciar novas funcionalidades da plataforma Infinity com recurso a tecnologia de Inteligência Artificial (IA) para reforçar a prevenção e simplificar s operações de segurança.
Segundo os dados, o phishing continua a ser um vetor de ataque dominante e 62% dos ficheiros maliciosos na EMEA foram entregues por email nos últimos 30 dias. O malware mais predominante é o FakeUpdates (SocGholish), que atua como um downloader para abrir portas a nova entrada de software malicioso e os ataques com Infostealers aumentaram 58%, permitindo o roubo de credenciais e facilitando a venda de acesso a sistemas empresariais por parte dos cibercriminosos.
Entre as principais tendências de cibersegurança a Check Point destaca a guerra cibernética e a desinformação que são alimentadas por IA, com atores estatais a explorar ferramentas que manipulam informação e executam ataques sofisticados.
"Os ataques cibernéticos estão cada vez mais a mudar de interrupções diretas de infraestruturas para operações de influência, campanhas de desinformação e guerra cibernética alimentada por IA", destaca a empresa no relatório.
A Inteligência Artificial foi utilizada em pelo menos um terço das principais eleições entre Setembro de 2023 e Fevereiro de 2024 para influenciar os eleitores e manipular a confiança pública. Entre os casos referidos estão a geração de deepfakes e campanhas de notícias falsas por parte de grupos apoiados pela Rússia, Irão e China para interferir nas eleições nos EUA, Taiwan, Roménia e Moldávia.
Os Jogos Olímpicos de Paris tornaram-se também um alvo principal para as operações de influência cibernética, com esforços coordenados de desinformação que visaram desacreditar o evento e perturbar a unidade ocidental.
"Estamos a assistir a uma escalada sem precedentes na guerra cibernética impulsionada pela IA", afirma Lotem Finkelsteen, Diretor de Ameaças Área de Inteligência e Investigação, citado em comunicado.
O relatório refere ainda o ataque de grande escala à DeepSeek AI, a plataforma de inteligência artificial sediada na China, que a obrigou a restringir novos registos de utilizadores. A identidade dos atacantes permanece desconhecida mas a violação levanta preocupações sobre a segurança das plataformas de IA e as potenciais vulnerabilidades nos ecossistemas baseados em IA.
Apesar destas tendências, o ransomware continua a ser uma das ciberameaças mais persistentes e prejudiciais. Ainda assim, a Check Point refere que os atacantes estão a mudar de tática, deixando de lado a extorsão tradicional baseada em criptografia e adotando a extorsão baseada apenas na fuga de dados.
"A mudança para a extorsão de fuga de dados apresenta um risco mais insidioso — as organizações já não enfrentam apenas interrupções operacionais, mas também a exposição pública de dados confidenciais. As estratégias de segurança devem evoluir para se concentrarem na deteção precoce, na criptografia forte de dados e controlos de acesso robustos para mitigar estas ameaças", afirma Omer Dembinsky, responsável pelo grupo de Data Research na Check Point Software.
A empresa nota ainda que a repressão policial contra grupos de ransomware, como a LockBit e a ALPHV, levou a um cenário fragmentado com alguns grupos emergentes, como a RansomHub, a aproveitarem o vazio de poder.
Nota da Redação: O SAPO TEK viajou a convite da Check Point
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