À medida que a SpaceX se aproxima a par e passo do lançamento dos serviços de cobertura de Internet a nível global da Starlink, surgem as primeiras imagens das antenas parabólicas que vão fazer a ligação dos utilizadores à constelação de satélites.
É verdade que o CEO Elon Musk já tinha descrito anteriormente o aspeto dos terminais, comparando-os a “OVNIs num pau”, no entanto, a empresa ainda não partilhou oficialmente imagens dos equipamentos. Agora, Vivien Hantusch, uma estudante da Peter Behrens School of Arts que costuma interagir frequentemente com Elon Musk no Twitter, conseguiu descobrir duas fotografias das antenas no código do website da Starlink.
Em resposta à descoberta de Vivien, o CEO da empresa acrescentou que os terminais têm motores que permitem aos equipamentos orientar-se e encontrar a melhor posição. Além disso, as antenas não têm um processo de instalação avançado, bastando ligá-las e posicioná-las no exterior. “Pode ser no jardim, no telhado, numa mesa, basicamente em qualquer lado, desde que consigam ter uma visão do céu”, explicou Elon Musk.
A imprensa internacional avança que quem se tinha registado para participar nos testes beta recebeu um email que indica que a fase experimental do serviço de Internet vai começar já neste verão, seguindo-se um período de experimentação aberto ao público em geral.
Entretanto, a SpaceX terá de provar que a constelação de satélites Starlink consegue oferecer ao meio rural dos Estados Unidos velocidades de internet com latências inferiores a 100 milissegundos. Há um fundo federal de 16 mil milhões de dólares, ao longo dos próximos 10 anos, destinado a suportar o meio rural a ter acesso à banda larga e voz.
A Federal Communications Commission tem dúvidas que a empresa de Elon Musk consiga obter os mínimos necessários para se candidatar à oferta de baixa latência, mas não a exclui do concurso. O grande desafio da SpaceX é ter uma rede funcional a tempo de se candidatar aos fundos. A tecnológica planeia fazê-lo ainda este ano, embora o início do leilão de acesso esteja marcado para 29 de outubro.
Qual é o "código de conduta" de um beta tester da Starlink?
Escondidos no código do website estão ainda pormenores importantes acerca do processo de participação nos testes beta da Starlink. De acordo com uma análise realizada pelo Business Insider, foi possível encontrar um ficheiro JavaScript que poderá ser a base dos convites para a fase experimental.
O documento contem informações acerca das políticas de privacidade e dos termos de serviço, assim como uma indicação acerca das taxas que os utilizadores terão de pagar para participar nos testes beta: um pagamento inicial de três dólares seguido de uma taxa mensal de dois dólares.
O ficheiro indica ainda que, para poderem participar, os utilizadores terão de preencher certos requisitos, como morar na zona norte dos Estados Unidos ou no sul do Canadá. Além disso, precisam de morar num local onde tenham acesso a céu aberto, caso contrário, as antenas parabólicas não conseguirão estabelecer uma ligação correta aos satélites em órbita.
Outro dos pormenores importantes é o facto de que os participantes dos testes beta terão de assinar um acordo de confidencialidade. “[O participante] não poderá falar sobre a sua participação no programa Beta”, indica o documento, mencionando que a regra se aplica à partilha de pormenores no mundo online, seja através de redes sociais ou fóruns públicos, mas também de contas privadas e grupos restritos.
A confidencialidade aplica-se também no processo de montagem dos terminais, uma vez que a empresa indica que terão de ser montados pelos próprios utilizadores. Os participantes terão ainda de dedicar entre 30 minutos a uma hora todos os dias a testar o serviço de Internet e a dar feedback aos colaboradores da empresa.
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