Nem mesmo a pandemia de COVID-19 consegue ditar uma pausa temporária no lançamento de mais satélites da SpaceX. A empresa liderada por Elon Musk acabou de enviar mais uma remessa de 60 equipamentos para a constelação Starlink, que conta agora com 422 satélites em órbita.

Além do lançamento de mais satélites, a SpaceX conseguiu fazer aterrar com sucesso o foguetão Falcon 9 numa plataforma marítima. Recorde-se que em fevereiro, após o lançamento da quinta carga de satélites, o Falcon 9 quase falhou o alvo na aterragem na embarcação não tripulada no oceano atlântico.

Embora ainda tenha um longo a percorrer para chegar à meta dos 42.000 satélites, a empresa aproxima-se a par e passo do lançamento dos serviços de cobertura de Internet a nível global e planeia começar os testes beta privados dentro de 3 meses. No twitter, o CEO da SpaceX voltou a sublinhar as intenções da empresa de ter um serviço operacional já em 2020, acrescentando ainda que os testes públicos poderão começar daqui a 6 meses.

“Comboios” de satélites Starlink invadem as paisagens espaciais. Fotografia captada por astronautas da ISS
“Comboios” de satélites Starlink invadem as paisagens espaciais. Fotografia captada por astronautas da ISS
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O impacto da constelação de satélites Starlink no céu tem sido alvo de controvérsia entre a comunidade de astrónomos devido à “poluição” visual que está a causar na observação espacial. Recentemente, até os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional conseguiram captar um dos “comboios” de equipamentos da SpaceX durante uma observação de uma aurora sobre a Antártida.

Embora acredite que a constelação não terá impacto na astronomia, Elon Musk já terá demonstrado vontade de cooperar com a comunidade científica para encontrar soluções, tendo marcado uma reunião com investigadores europeus. Além disso, o CEO da SpaceX revelou no Twitter que a empresa está a tomar medidas para reduzir o nível de luminosidade causada pelos satélites. A partir do 9º lançamento, os equipamentos terão uma espécie de “guarda-sóis” e a empresa pretende também mudar o ângulo dos painéis solares dos satélites.