Segundo informação da polícia, veiculada pela RTP, no ano passado foram apresentadas às autoridades 745 queixas nesta área. Este ano o número de queixas relacionadas com crimes de phishing até à data é de 467.



Em fevereiro deste ano uma das maiores investigações realizadas em Portugal nesta área conduziu à detenção de sete suspeitos e permitiu a identificação de 40 "mulas", todos constituídos arguidas no processo, como relatava o Expresso este fim de semana.



A investigação levou a buscas em 15 casas na zona de Lisboa e à apreensão de vários computadores onde foram encontrados indícios de crime de phishing a 37 vítimas, a quem terão sido roubados 170 mil euros no espaço de seis meses.



Com o aumento do número de crimes de phishing cresce o número de "mulas", pessoas contratadas para receberem nas suas contas o dinheiro desviado através destes crimes. Com o apoio destes intervenientes os criminosos movimentam o dinheiro deixando como único rasto o número das contas que recebem o dinheiro logo após o roubo.



Como frisam as autoridades, estes coautores são incentivados a participar no esquema em troca de dinheiro, deixando passar dinheiro pelas suas contas para posteriormente seguir para um destino final, sem muitas vezes saberem no tipo de crime em que estão a envolver-se.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico