Um novo estudo da Kaspersky, que explora a importância e as preocupações em relação à privacidade de dados pessoais após a pandemia, revela que, de entre a população de nove países europeus, os portugueses são aqueles que estão mais dispostos a partilhar os seus dados de saúde, localização e contacto para ajudar a ultrapassar a pandemia.
Os dados dão a que conhecer que 58% dos inquiridos portugueses estaria disposto a partilhar os seus dados para acelerar a superação da crise de saúde pública no país. Deste conjunto, 22% dos portugueses sentem-se motivados a partilhar a sua informação a pensar já na possibilidade de viajar para o estrangeiro, de assistir a eventos (13%) e de visitar mais bares ou restaurantes (10%).
A possibilidade de regressar a centros comerciais é a menos atrativa para os inquiridos portugueses, com apenas 9% a indicarem que estariam dispostos a partilhar dados para este fim. Curiosamente, são as faixas etárias mais jovens que estão mais dispostas a partilhar os seus dados de saúde em troca de qualquer liberdade: Geração Z (74,3%) e Millennials (73,5%), seguidas pela Geração X (71,7%).
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Os especialistas explicam que o panorama português coincide com a abordagem geral dos países inquiridos acerca da privacidade de dados, embora apenas 36% dos franceses esteja disponível para confiar informações pessoais ao seu Governo, em comparação com 40% dos espanhóis e 47% dos europeus em geral.
A maioria dos portugueses considera que a privacidade dos dados é importante, porém, menos de metade acreditam que controlam realmente o número de organizações que têm acesso aos seus dados pessoais. Por outro lado, a maioria teme que os seus dados possam cair nas mãos erradas nos próximos dois anos.
“Desde o início da pandemia, os Governos em toda a Europa têm procurado formas de controlar a propagação do vírus para reabrir as suas economias, bem como os setores de hotelaria e turismo. No entanto, menos de metade dos europeus confia nos seus Governos quando se trata de partilhar informações pessoais”, indica David Emm, investigador principal de segurança da Kaspersky.
“Enquanto muitos consumidores europeus estariam dispostos a ceder os seus dados pessoais em troca de mais liberdades e de um regresso à normalidade, é importante que os Governos garantam que suas políticas de recolha e armazenamento de dados sejam fortes o suficiente para este tipo de informação sensível, a fim de construir confiança e superar a pandemia com segurança”, enfatiza o especialista.
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