A evolução dos formatos e da tecnologia utilizada na publicidade online deve ser acompanhada por novas formas de medir o retorno. A utilização das taxas de clique (CTR) pode ser substituída com vantagens pelo tempo de exposição, que mede de forma mais efectiva o impacto nos utilizadores e faz a diferença em relação a outro tipo de anúncios, defende Diogo Marnoto, responsável pela Microsoft Advertising em Portugal.

Estas conclusões são sustentadas num estudo que a Microsoft hoje apresentou na conferência Creative Confidencial, promovida pela empresa, e que parte de uma análise de campanhas publicitárias realizadas na Europa. Segundo o estudo, as campanhas com elevado tempo de permanência eram três vezes mais eficazes na promoção de actividades de procura de marca, melhorando em 69% a eficácia, que se reflecte em número de visitas ao site da marca e número de impressões da página, assim como no tempo gasto no site.

O responsável pelo negócio de publicidade da Microsoft em Portugal, que abrange o site MSN mas também o Messenger e o Hotmail, refere que a medição do impacto de uma campanha pelo número de cliques é redutor, salientando que neste momento existem já forma de avaliar o tempo que os utilizadores são expostos a um determinado anúncio.

"55% das campanhas já são rich media e permitem medir o tempo de exposição", adiantou ao TeK Diogo Marnoto, à margem da conferência. Estas formas de medição do impacto já começam a ser usadas pelas agências, embora coexistam com as métricas de número de cliques nos anúncios.

Entre os bons exemplos de campanhas recentes com elevado nível de exposição, em Portugal, Diogo Marnoto aponta a do Seat Altea, que foi aplicada no Messenger e que teve um tempo de exposição de dois minutos, chegando a mais de 600 mil utilizadores únicos. O jogo da Nike num banner que correu nos canais da Microsoft conseguiu também um tempo de interacção de 5 minutos em mais de 700 mil utilizadores.

Diogo Marnoto destacou ainda a importância crescente do mercado da publicidade na Internet, que apesar de não ter mantido as mesmas taxas de crescimento registadas em 2009 continuou a crescer sustentadamente no ano passado.