Ransomware: Mais de um terço das organizações internacionais foram vítimas de ataques no último ano

Segundo novos dados da IDC, apenas 13% das organizações que foram vítimas de ataques de ransomware não pagaram os regastes exigidos pelos cibercriminosos. Embora o valor médio dos resgates exigidos ronde os 250.000 dólares, os analistas destacam a existência de casos que superaram a marca de um milhão de dólares.

Um novo relatório da IDC revela que mais de um terço das organizações internacionais foram vítimas de ataques de ransomware ou de fugas de informação nos seus sistemas informáticos ao longo dos últimos 12 meses.

De acordo com os analistas, que questionaram perto de 800 organizações com mais de 500 colaboradores, a taxa de incidência de ataques é menor no que toca às empresas baseadas nos Estados Unidos, situando-se nos 7%. Por contraste, a taxa de incidência a nível internacional situa-se nos 37%.

Os dados dão a conhecer que os setores das finanças e da indústria se afirmam como os mais afetados por ataques de ransomware ao longo do ano passado. Por outro lado, os setores dos transportes, comunicação e media contam com uma menor taxa de incidência.

Ao todo, apenas 13% das organizações questionadas que foram vítimas de ataques de ransomware não pagaram os regastes exigidos pelos cibercriminosos. Embora o valor médio dos resgates exigidos ronde os 250.000 dólares, a IDC destaca a existência de casos que superaram a marca de um milhão de dólares.

Segundo Frank Dickson, vice-presidente do departamento de pesquisa em cibersegurança da IDC, os ataques de ransomware afirmam-se como uma das principais ameaças na ordem do dia. “À medida que a ganância dos cibercriminosos cresce, os ataques de ransomware evoluíram em matéria de sofisticação”, enfatiza o responsável.

A IDC destaca que a existência de um maior nível de consciencialização quanto aos ataques de ransomware tem levado as organizações a tomarem uma série de medidas para evitarem incidentes. Os analistas indicam também que as organizações que se encontram mais avançadas no seu processo de transformação digital apresentam uma menor probabilidade de virem a sofrer um ataque do género.

Anteriormente, um relatório da Check Point Research revelou que, durante os primeiros seis meses de 2021, as organizações a nível internacional registaram um aumento de 29% no número de ciberataques sofridos, com a região EMEA (Europa, Oriente Médio e África) a ser a mais afetada. A nível mundial, o número de ataques ransomware a organizações aumentou 93% em comparação com o mesmo período do ano passado