2019 parece ter sido um bom ano para a indústria da música e sobretudo para os serviços de streaming, como o Spotify e a Apple Music. Num ano em que 79% das receitas neste setor nos Estados Unidos se deve aos serviços de streaming, a receita nesta área aumentou 20%, chegando aos 8,8 mil milhões de dólares. Os dados são da Recording Industry Association of America e foram divulgados esta terça-feira.

De acordo com o relatório anual da associação americana, numa década muita coisa mudou. Em 2009 a maior parte da receita da indústria da música era gerada pelas compras físicas (59%), seguidas dos downloads digitais. O streaming surgia apenas em terceiro lugar, com uma percentagem de 5%. No entanto, o ano passado a realidade foi muito diferente, com este serviço a dominar por completo, e com as compras físicas a não ultrapassarem os 10%.

Receitas da indústria musical em 2009 e em 2019
Receitas da indústria musical em 2009 e em 2019 Recording Industry Association of America

No que toca aos números atuais, e impulsionadas pelo streaming pago, as receitas do mercado de músicas gravadas nos Estados Unidos cresceram 13%, passando para 11,1 mil milhões de dólares. Os dados mostram ainda que foram as subscrições pagas dos serviços de streaming que mais contribuíram para o aumento das receitas da indústria da música, chegando aos 6,8 mil milhões de dólares. Este valor representa um aumento de 25% em relação ao ano anterior e 61% da receita total do mercado de música gravada nos Estados Unidos.

Amazon Music revela número de subscritores pela primeira vez e são promissores
Amazon Music revela número de subscritores pela primeira vez e são promissores
Ver artigo

Os serviços de streaming pagos significaram uma média de mais de um milhão de novas subscrições por mês, com o número total de subscritores pagos nos EUA a superarem os 60 milhões. Mas a que se deve este aumento? Para a associação americana, a qualidade da música e dos artistas é a principal razão, seguida das novas ofertas das empresas, desde online, offline e em todos os lugares, num ano em que os americanos ouviram em streaming 1,5 biliões de músicas.