
"A chamada Rede Global de Verificação de Factos (GFCN) é uma iniciativa russa que imita - na forma, não na substância - as redes de verificação existentes, como a Rede Internacional de Verificação de Factos (IFCN) e a Rede Europeia de Padrões de Verificação de Factos (EFCSN)", lê-se na investigação.
De acordo com a plataforma, o objetivo desta rede "é reunir jornalistas de verificação que compartilham os seus pontos de vista e valores", algo que entra em "conflito direto com a metodologia dos verificadores de factos independentes".
Entre os promotores desta rede estão a agência de notícias Russa TASS, dependente do Kremlin, e a ANO Dialog, uma organização sem fins lucrativos fundada em 2019 pelo Departamento de Informação e Tecnologia de Moscovo.
A agência de notícias foi suspensa por unanimidade pela Aliança Europeia de Agências de Notícias (EANA) por "não fornecer notícias imparciais", enquanto a ANO Dialog, embora se identifique como organização independente, está sob sanções da União Europeia e dos Estados Unidos, por realizar campanhas de interferências estrangeiras e desinformação, identificadas pelo Observatório Europeu dos Media Digitais (EDMO).
Atualmente a rede inclui cerca de 10 supostos especialistas em fact-checking, como Sonja van den Ende que difundiu campanhas de desinformação russa ou Juan Antonio Aguilar que administra o site pró-Kremlin Geoestrategia.eu.
A investigação conclui ainda que a rede russa não segue os princípios estabelecidos pela IFCN e EFCSN, como a independência editorial e política ou transparência financeira e organizacional.
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