A Rússia continua a controlar os meios de informação no país, bloqueando as redes sociais e meios de comunicação que considera estarem a espalhar desinformação sobre a guerra na Ucrânia. No início do mês o regulador dos média russo, Roskomnadzor, bloqueou o acesso aos websites das edições em russo da BBC e da rádio e televisão internacional alemã Deutsche Welle (DW). O website independente Meduza e Radio Svoboda também foram restringidos pelas autoridades russas.

Agora foi o Google News a ser bloqueado pelo regulador na Rússia, alegando que a plataforma permite o acesso ao que chama de material falso sobre as operações militares do país na Ucrânia, referiu a agência noticiosa Interfax, citada pela Reuters. A Roskomnadzor terá atuado em pedido do procurador geral do Governo russo.

Segundo é referido pelo regulador, o Google News deu acesso a diversas publicações e materiais que contêm informações não autênticas, assim como a partilha de informações importantes sobre a direção das operações especiais no território da Ucrânia. As novas leis da Rússia dizem que é ilegal reportar qualquer evento que possa desacreditar as ações militares russas.

Facebook e Instagram mudam regras para permitir posts com apelos à violência contra invasores russos
Facebook e Instagram mudam regras para permitir posts com apelos à violência contra invasores russos
Ver artigo

A Rússia é regularmente descrita por Organizações Não Governamentais como um dos países mais restritivos do mundo quando se trata de liberdade de imprensa, mas a situação piorou desde o início da invasão da Ucrânia. As autoridades russas proibiram os órgãos de comunicação social de usar informações que não fossem declarações oficiais e proibiram o uso de palavras como "guerra" e "invasão".

O porta-voz da Google confirmou ao SAPO TEK que algumas pessoas estão a ter dificuldades em aceder à aplicação e ao website Google News na Rússia mas "isso não se deve a problemas técnicos da nossa parte. Trabalhamos arduamente para manter os serviços de informação como o News acessíveis a pessoas na Rússia pelo maior tempo possível".