Em preparação para as eleições presidenciais norte-americanas, o Spotify vai “calar” momentaneamente os anúncios políticos durante o próximo ano. A plataforma de streaming de música e podcasts anunciou que a medida provisória, direcionada ao mercado norte-americano, aplica-se à versão base do serviço disponibilizado, assim como a podcasts exclusivos avança a Reuters.
“Neste momento, ainda não temos processos, sistemas e ferramentas suficientemente robustos para validar responsavelmente e rever este tipo de conteúdo”, indica uma porta-voz do Spotify em comunicado à imprensa. “Vamos reavaliar a decisão à medida que continuarmos a evoluir as nossas capacidades”, acrescentou a responsável.
A medida tomada pelo Spotify surge após redes sociais como o Twitter e o Facebook “apertarem o cerco" aos anúncios políticos em preparação para as eleições presidenciais norte-americanas de 2020. Em agosto, a empresa liderada por Mark Zuckerberg anunciou a chegada de mudanças à publicação de anúncios políticos e acerca de assuntos sociais nos Estados Unidos. Quem faz anúncios políticos nas suas redes sociais terá de dar provas da sua legitimidade através de credenciais emitidas pelo governo americano. Além disso, as entidades terão, obrigatoriamente, de tornar públicas as suas informações de contacto.
Ao mesmo tempo que anunciou a chegada de uma nova News Tab, o Facebook enfrentou o escrutínio do público por permitir na sua plataforma intervenções de políticos que se podem constituir como desinformação. Em resposta, o Twitter decidiu distanciar-se de toda a polémica que envolve a propaganda política nas redes sociais e proibiu, em novembro, todos os anúncios de índole política.
A rede social anunciou, mais tarde, que os líderes políticos que estão na sua plataforma não estão acima das regras. Qualquer conta, incluindo as de líderes mundiais, que promova o terrorismo ou faça ameaças violentas contra indivíduos enfrentará medidas coercivas, tal como a sua suspensão e a eliminação do tweet.
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