De acordo com a GfK, a venda de bens de consumo tecnológicos aumentou cerca de 3,4% em Portugal durante o ano de 2016, face ao registado no ano anterior.

O crescimento foi mais acentuado no segmento dos grandes eletrodomésticos e nos equipamentos de telecomunicações que beneficiaram de um aumento na ordem dos 8,1% e dos 6,7%, respetivamente. Para este último, o Natal foi particularmente benéfico. Só no último trimestre do ano, as vendas cresceram quase 13%. Inversamente à tendência, a procura por phablets continua a diminuir.

Em comunicado, a GfK escreve também que 2016 foi um ano "particularmente positivo" para as televisões, graças ao europeu de futebol. Comparativamente com 2015, o segmento registou um incremento nas vendas de 6,8%.

As colunas wireless e os mini speakers também estiveram em destaque. Diz a analista que "a preferência crescente por ouvir música em formato digital está a ajudar nesta tendência de consumo".

Os computadores portáteis, por outro lado, registaram uma queda, ainda que residual.

Com um decréscimo nas vendas na ordem dos 25% ficaram os tablets. Mesmo com novas funcionalidades, tamanhos e características, estes equipamentos continuam sem cativar os consumidores que voltaram a preferir alocar os seus recursos para a compra de outros dispositivos.

No segmento da fotografia, evidencia-se um fosso cada vez maior entre utilizadores. Se por um lado a GfK identifica uma fação afeta aos smartphones, que os utiliza para captar imagens, por outro, a empresa nota que existem consumidores que reforçam e melhoram a sua utilização de câmaras fotográficas. Assim, diz, "apesar de vermos uma queda acentuada na procura por cãmaras, os consumidores de máquinas procuram novas lentes intermutáveis", dando assim uma nova vida às suas máquinas. A curiosidade destes adeptos da fotografia não é, no entanto, suficiente para fazer crescer este mercado. No geral, o sector caiu 5,1% face a 2015.

De acordo com a análise conduzida pela analista, estes valores são o espelho de uma retoma nas compras dos portugueses que é, em parte, "causado pelo maior dinamismo do setor imobiliário". Este fenómeno deverá ter tido um impacto direto na compra de grandes eletrodomésticos, por exemplo, essenciais à reconstrução e ao equipamento de casas novas. Prova disso é o crescimento acentuado registado nos produtos de encastre. Os secadores de roupa, por sua vez, foram o maior sucesso deste segmento com um crescimento na ordem dos dois dígitos.