Os adolescentes entre os 13 e os 18 anos passam mais de seis horas por dia nos smartphones, computadores, tablets e afins, bem acima do limite de duas horas recomendado pela American Academy of Pediatrics.
Uma pesquisa conduzida por uma equipa de cientistas da Califórnia sugere que o uso frequente de plataformas digitais pode aumentar as probabilidades destes utilizadores desenvolverem sintomas de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (PHDA).
O estudo, publicado no Journal of American Medical Association, acompanhou durante dois anos mais de 2.500 (2.587) estudantes de 10 escolas de Los Angeles e avaliou o tempo passado em frente aos ecrãs e qual o engajamento com 14 plataformas digitais, monitorizando-os de seis em seis meses entre 2014 e 2016.
Se no início da investigação nenhum dos jovens entre os 15 e os 16 anos apresentava sintomas de PHDA, dos 51 que relataram o uso de todas as plataformas mais de 10% (10,5%) apresentavam sintomas de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Já dos 495 estudantes que não tinham uma atividade digital frequente, apenas 4,6% sinais de PHDA.
Os autores do estudo observam, no entanto, que o estudo não prova a causalidade, ou seja, não é claro se o tempo excessivo em frente ao ecrã causa sintomas de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade ou se os adolescentes que apresentam sintomas de PHDA passam mais tempo ligados aos seus dispositivos.
Os investigadores também fazem a ressalva de que os sintomas de PHDA não são o mesmo que o diagnóstico de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.
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