Estava tudo acordado: Aran Khanna, estudante na Universidade de Harvard, tinha tudo alinhado para estagiar no Facebook. Mas antes do início da experiência, o investigador decidiu criar uma ferramenta que explorava uma falha de privacidade na rede social.

Khanna criou uma extensão para o Google Chrome que permitia aos utilizadores do Facebook Messenger saber de onde estavam a ser enviadas as mensagens. Mesmo que o contacto dissesse que estava num café movimentado, o internauta rapidamente percebia se isso era verdade ou não.

O plug-in para o browser tornou-se viral e acumulou 85 mil downloads. O Facebook estava atento e passados três dias pediu ao criador para retirar a ferramenta. Posteriormente a empresa corrigiu a vulnerabilidade, mas o pior já estava feito.

Isso acabou por fazer com que o Facebook retirasse a proposta de estágio que tinha para Aran Khanna. Um responsável da tecnológica norte-americana disse que a decisão esteve relacionada com o facto de os atos do estagiário não corresponderem às políticas da empresa.

Aran Khanna terá recebido vários pedidos para remover o código da Internet, algo que nunca acatou, escreve o Boston.com.

O investigador acabaria por conseguir estágio numa outra tecnológica em Silicon Valley, mas o jornal norte-americano termina o artigo com uma frase do próprio Mark Zuckerberg - também ele um jovem irreverente pertencente a Harvard - que diz que um dos pilares do Facebook é a irreverência dos funcionários.