Baseando-se nos resultados de um estudo recente, o International Narcotics Control Board (INCB) - um organismo criado pelas Nações Unidas para vigiar a compatibilidade dos tratados internacionais sobre questões que envolvam estupefacientes - avisa que a grande rede é cada vez mais utilizada para o tráfico de droga. Os dealers recorrem ao email encriptado e a outras tecnologias Internet para vender droga, lavagem de dinheiro e troca de "dicas" e técnicas.



"Os traficantes estão a usar a Internet para transferir electronicamente largas somas de dinheiro pelo mundo de forma rápida, fácil e secreta - atributos ideais para lavagem de dinheiro relacionado com droga", indica o INCB, citado pelo New York Times.



Na Checoslováquia este grupo de vigilância das Nações Unidas dá conta de que os traficantes fazem negócio online em cafés Internet, ou através de mensagens de texto entre telemóveis. Já os norte-americanos trocam receitas de anfetaminas em salas de chat, enquanto os australianos usam contas de correio electrónico para acompanhar as suas encomendas de comprimidos.



O estudo revela ainda que a Internet está a ser utilizada como base para a disseminação de drogas sintéticas nos países da América do Sul e Central.



Mas outros organismo se juntam ao INCB no alerta para a questão. A Interpol, por exemplo, indica que existem mais de 1.000 sites a nível mundial - nomeadamente espaços Internet na Suiça e na Holanda - a vender cannabis, ecstasy e outras drogas ilícitas.



Porque a utilização da Internet duplica a cada seis meses e 700 milhões de pessoas estavam online no fim do ano passado, é necessária maior vigilância e cooperação internacional "para evitar que a Internet se transforme numa Web mundial de tráfico de droga", alerta Hamid Ghodse, presidente da INCB.



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