Uma análise aos motores de buscas na Internet revelou que cerca de um por cento de todas as páginas Web contém material sexualmente explícito. A análise foi apresentada durante uma audiência num tribunal de Filadélfia, nos Estados Unidos, no âmbito de um caso que envolve a União para os Direitos Liberais e Civis norte-americanos (ACLU) e o advogado Alberto Gonzales, onde a associação defende, com base na análise efectuada por um professor da Universidade da Califórnia, que os resultados não parecem ser suficientes para o Departamento da Justiça impor penalizações para proteger os menores deste tipo de conteúdos, escreve o The Mercury News.



A análise foi efectuada a pedido do Departamento do Justiça como um esforço para reavivar a Children's Online Protection Act, assinada pelo presidente Clinton em 1998 e imediatamente posta em causa pela ACLU que a catalogou como uma infracção à Primeira Emenda da Constituição - o direito à liberdade de expressão.



Um tribunal distrital em Filadélfia considerou a lei inconstitucional e, em Junho do ano passado, o Supremo Tribunal contestou a decisão e ordenou a busca de mais provas no que toca aos filtros utilizados na Web.



Os resultados mostraram que apenas seis por cento de todas as pesquisas efectuadas apresentavam conteúdos explícitos, para além das buscas relacionadas com "sexo". Apurou-se ainda que os filtros que funcionavam melhor no bloqueio destes conteúdos, bloqueavam também, inadvertidamente, outros conteúdos que não eram explícitos. Contudo, apesar do número de bloqueios, o estudo mostra que "muito material explícito não é filtrado".



O processo de oito anos voltou à praça pública no ano passado quando o Google recebeu um mandado para a entrega de moradas de sites e resultados de pesquisas a advogados do governo. A Microsoft, o Yahoo e a AOL foram chamadas para o mesmo processo.



Os resultados mostraram que 1,7 por cento dos resultados das buscas no AOL, MSN e Yahoo tinham conteúdos explícitos enquanto que 1,1 por cento das páginas indexadas pelo Google e pela Microsoft estavam enquadradas nesta categoria.



A maioria das páginas alojadas eram estrangeiras, o que coloca a decisão judicial fora das leis norte-americanas.

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