A X, ex-Twitter, passará em breve a ter duas opções distintas de subscrição, anunciadas por Elon Musk na sua conta na rede social. Como explica o dono da X na publicação, “uma com um custo mais baixo e todas as funcionalidades, mas sem limitações aos anúncios, e outra mais cara, mas sem anúncios".
Para já, não são conhecidos mais detalhes sobre as novas modalidades de subscrição, o que se sabe é que esta é uma das principais apostas da marca não apenas para gerar receitas mas também para controlar os níveis de spam na plataforma.
Com o mesmo intuito começou a ser testada há dias na Nova Zelândia e nas Filipinas uma nova modalidade de acesso à X para novos utilizadores, associada a uma subscrição de cerca de 1 dólar. É possível aceder sem pagar este fee, mas apenas numa espécie de versão “só de leitura” da plataforma, onde é possível ver publicações, assistir a vídeos ou seguir contas, explicou na altura a empresa. Este modelo de subscrição de baixo custo é, como lhe chama a X, uma modalidade para afastar bots, ou seja contas automatizadas que existem para disseminar spam ou manipular interações.
Recorde-se que o plano de avançar com modelos de subscrição no Twitter é antigo. Acabou por ser implementado em larga escala apenas depois de Musk tomar as rédeas da plataforma, com muita polémica à mistura. Desde que o Twitter Blue foi lançado têm sido feitos vários ajustes ao modelo, essencialmente para afinar o que é pago e o que é gratuito, na agora X.
X pode sair da Europa?
Enquanto continua a fazer ajustes ao modelo de negócio da X, Elon Musk estará a ponderar decisões de peso para a plataforma a outros níveis. Uma notícia avançada esta quinta-feira pelo Insider indicava que o multimilionário está a considerar a possibilidade de bloquear o acesso dos europeus à rede social.
A informação, avançada ao site por fonte próxima de Musk, indica que a saída da X da União Europeia está a ser ponderada por causa dos requisitos apertados da nova Lei dos Serviços Digitais. Recorde-se que, há dias, a Comissão Europeia confirmou que está a investigar a X, precisamente para verificar se a empresa está a cumprir as exigências do regulamento.
A nova legislação europeia nesta área obriga os prestadores de serviços a cumprirem um conjunto de requisitos, e a fazerem prova disso, que previnam a disseminação de conteúdos ofensivos ou limitem a utilização abusiva de dados pessoais, nomeadamente na publicidade, entre outros.
Noutras regiões do globo, a X também estará a ter alguns problemas no alinhamento com as obrigações regulatórias, como aparentemente acontece na Austrália, onde foi recentemente multada em mais de meio milhão de dólares australianos. Aí a empresa não fez prova ao regulador da capacidade para prevenir e combater a disseminação de conteúdos de exploração infantil. Não respondeu a um conjunto de questões sobre o tema, uma falha que está a ser associada à falta de uma equipa local para gerir as questões de política pública, na sequência dos milhares de despedimentos realizados desde que Musk tomou posse da rede social.
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