O Instituto Nacional de Estatística apurou que 20 por cento das empresas com mais de 9 trabalhadores efectuaram compras electrónicas através da Internet ou de outras redes no ano passado.

Por sua vez, segundo os dados compilados pela entidade no Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação nas Empresas, 18,6 por cento das companhias com a mesma dimensão receberam encomendas de bens ou serviços por via electrónica.

O estudo reflecte que a proporção de empresas que realizam comércio electrónico é tanto maior quanto o número de funcionários que emprega. Neste caso, o exemplo maior é o das companhias com mais de 250 funcionários, onde 33,4 por cento receberam e 32,8 por cento efectuaram encomendas. Já nas médias empresas a relação foi de 21 por cento de recepção de pedidos e de 24,2 por cento de encomendas. Junto das pequenas empresas, as percentagens de recepção e de saída de pedidos não chegaram aos 20 por cento.

Do grupo de companhias que efectuou encomendas por via electrónica, 52 por cento afirma que os requisitos perfizeram 10 por cento ou mais do total de compras da empresa. Já para 35,6 por cento as compras electrónicas representam 25 por cento ou mais do total das aquisições de bens ou serviços.

Banda larga no meio empresarial

No inquérito conduzido pelo INE apurou-se ainda que 96 por cento das empresas com dez e mais trabalhadores utilizam computador e 92 por cento dispõem de acesso à Internet, o que representa um crescimentos de 1 e 2 pontos percentuais, respectivamente, face aos números do ano passado.

Em 81 por cento das empresas, os acessos à Internet são efectuados através de ligações de banda larga, 77,9 por cento das quais em DSL e 25,3 por cento através de modems analógicos.

É junto das empresas ligadas aos serviços colectivos, sociais e pessoais que se verifica maior número de companhias com acessos de banda larga (100 por cento). As que se relacionam com actividades financeiras e imobiliárias atingem percentagens entre os 97,4 e 95,2 por cento. Em qualquer um dos casos, o crescimento anual foi, em média, de dois pontos percentuais, indica o INE.