A transformação do negócio tradicional e a passagem para o modelo cloud tem ocorrido de forma cada vez mais acelerada nos principais mercados e em Portugal também, considera a Oracle. “Há três ou quatro anos representava uma fatia muito pequena, mas hoje mais de 80% das interações com os nossos clientes são para falar sobre o paradigma cloud, seja privada, pública ou híbrida”, referiu Hugo Abreu country manager para Portugal.
“Já não é uma questão em que os clientes estão a decidir se vão ter cloud ou não: é a questão de quão rápida vai ser a adoção”, sublinhou o responsável num encontro com os jornalistas esta quinta-feira, em Lisboa, no rescaldo do primeiro Oracle Open World realizado na Europa, para falar das tendências emergentes que marcam o mundo corporativo.
Sobre o mercado português - e recusando-se a comentar uma notícia recente de que a Oracle teria alugado um novo espaço no Parque Empresarial da Maia – Hugo Abreu referiu ainda que a aposta da tecnológica norte-americana é para manter. “Portugal tem muito bons recursos técnicos, por isso a Oracle vai continuar a contratar para servir os seus clientes em todo o mundo. Em múltiplas áreas”, assegurou.
O responsável mencionou também que a Oracle mantém em Portugal várias áreas de desenvolvimento e suporte, apesar de não noticiar especificamente o assunto, como é exemplo a base de dados MySQL, em que há uma equipa de mais de 30 pessoas que dá suporte e faz desenvolvimento de produto para o mundo inteiro. “Temos estado a crescer nessas áreas como vamos crescer noutras áreas, em que temos competências específicas em Portugal e que são reconhecidas mundialmente”.
“A cloud é incontornável”
A Oracle defende que, atualmente, as empresas estão bastante à frente dos consumidores no que diz respeito à adoção das novas tecnologias, como por exemplo Inteligência Artificial, blockchain, assistentes digitais, IoT, entre outras, e estão a aplicá-las em todas as áreas dos seus processos de produção e de gestão.
Nas suas previsões, a tecnológica norte-americana considera que até 2025 tanto os fornecedores de cloud como as empresas passem para os modelos cloud de próxima geração, onde poderão ter acesso às novas tecnologias, a níveis mais elevados de segurança, d desempenho e a funcionalidades de automatização muito mais abrangentes.
No mesmo espaço de tempo, as estimativas da Oracle apontam igualmente para que 80% das cargas de trabalho de negócio e mission critical migrem para a cloud, que 70% das interações com clientes passem a ser automatizadas e que mais de 50% dos dados passem a ser automatizados.
Até 2025, prevê-se também que 90% das empresas utilize uma única plataforma que fará a ponte entre a computação na nuvem e as instalações on premise e que 70% das funções de TI estejam completamente autonomizadas.
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