Há quatro ano a Altice transformava a PT Inovação no Altice Labs e afirmava a sua intenção de fazer do centro de inovação em Aveiro o polo de desenvolvimento da inovação em todo o grupo, estendendo o modelo a outras operações internacionais e usando a capacidade de engenharia e criatividade portuguesas no desenvolvimento de novos produtos e serviços. Hoje o Altice Labs assinala o quarto aniversário e Alexandre Fonseca, CEO e Presidente da Altice Portugal, garante que esta é uma aposta ganha, e para continuar.
“Há uma profunda satisfação minha e dos acionistas relativamente ao desenvolvimento da Altice Labs. É um projeto de continuidade e de futuro na inovação em Portugal”, afirmou Alexandre Fonseca, num encontro com os jornalistas antes da conferência que assinala o aniversário do centro. Apesar de não avançar números desagregados de faturação, o responsável pela Altice Portugal afirma que a Altice Labs conta já com 700 pessoas e que mais de metade dos produtos e serviços desenvolvidos no Altice Labs são para exportação, chegando já a 60 países e mais de 250 milhões de clientes em todo o mundo.
Relembrando os 70 anos de história da instituição, que está desde 1950 em Aveiro e que tem um simbolismo relevante, Alexandre Fonseca afirma que este é um “projeto extraordinariamente importante e fundamental na estratégia da Altice em Portugal”. Em 2018 a empresa foi a que mais investiu em inovação em Portugal, com 86 milhões de euros, um trabalho muito próximo das universidades, aposta em laboratórios e projetos, com financiamento direto da investigação académica e com aplicação empresaria.
“Hoje a Altice Labs é reconhecida pelo público e as universidades na inovação tecnológica e isso tem a ver com o trabalho da engenharia portuguesa, que é reconhecido a nível internacional”, adianta Alexandre Fonseca.
Altice Labs vai chegar a Oeiras com um novo polo
A empresa tem vindo a alargar o campo de ação da Altice Labs e a empresa já tem projetos em 60 países, com 20 novos mercados conquistados no último ano, desde as Ilhas Fiji ao Mali e ao Chile. Mas o crescimento faz-se também pelo alargamento dos polos da Altice Labs em Portugal, um projeto de expansão que começou há dois anos e que já conta com laboratórios instalados em Viseu, na Madeira, Olhão e Ilha Terceira. Oeiras junta-se agora a esta lista, com a assinatura de um protocolo com a Câmara Municipal de Oeiras, e que é um primeiro passo para a instalação de um centro de inovação no Tagus Park.
“Este é um projeto que marca o território”, afirma Alexandre Fonseca referindo que o impacto dos polos do Altice Labs se sente nas empresas à volta e na criação de startups e aceleração da inovação. Em todos os locais é feita uma parceria com instituições do ensino superior e este crescimento da rede de Labs também é uma aposta que permite atrair os melhores engenheiros e fixá-los nesses locais.
Em Viseu o polo da Altice Labs já tem 20 pessoas e na Madeira 7 pessoas, enquanto os outros locais estão ainda em desenvolvimento, e a expectativa para oeiras é positiva, até pela localização na capital e numa zona onde a própria Altice tem instalações e mais de 800 pessoas.
Alexandre Fonseca lembra que a ideia não é limitar os centros a temas específicos de investigação, ao contrário daquilo que é feito com os centros nas universidades que estão direcionados a áreas de I&D, como os Cognitive Labs em Coimbra ou os projetos de segurança na Guarda e em Bragança, mas que em Oeiras é possível que a mobilidade urbana seja um dos principais focos.
Fibra ótica de Portugal para o Mundo
A nível internacional a expansão dos serviços da Altice Labs a 60 países faz-se quase sempre pela comercialização de produtos ligados à fibra ótica, mas Alcino Lavrador, responsável pelo centro de inovação da Altice, explica que depois agregada a esta tecnologia vão também outros produtos de software, como ferramentas de medição da qualidade de serviço, entre outras. Só no último ano a Altice Labs juntou 20 novos países a uma lista já longa de localizações onde coloca a tecnologia desenvolvida em Aveiro, e esse é um dos destaques no quarto aniversário.
Ainda no ano passado a Altice Labs fez uma parceria com a County Broadband para forma a levar fibra ótica de última geração e banda larga a às comunidades rurais no Reino Unido.
Na exposição que foi montada em Aveiro, no campus da Altice Labs, há muitos projetos em demonstração, alguns dos quais estão em desenvolvimento mas que podem marcar a criação de futuros serviços da Altice, na área do smart living, da indústria e das smart cities, utilizando já tecnologias de futuro como o 6G e o WiFi 7, nos quais os investigadores já estão a trabalhar.
Alcino Lavrador explica aos jornalistas que o desenvolvimento de projetos se centra em temas estratégicos que têm grande impacto, como a Inteligência Artificial e Machine Learning, Internet das Coisas, mas também Segurança e Privacidade, assim como o desenvolvimento das redes do futuro, em 5G, 6G, WiFi 6 e WiFi7.
Ainda hoje a Altice assina também um protocolo de colaboração com Centro Cirúrgico de Coimbra para identificar iniciativas e projetos que contribuam de forma positiva para o desenvolvimento das tecnologias de informação no ecossistema da saúde.
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