Em 2016 a Altitude Software pretende reforçar a equipa a trabalhar no mercado local e dar novo gás a uma estratégia de parcerias. Com esse apoio quer reconquistar clientes antigos, melhorar o acompanhamento da base instalada e chegar a novos clientes, detalha Miguel Noronha, em conversa com o TeK. Para monitorizar e implementar a estratégia o vice-presidente de contas globais do grupo passará a trabalhar a partir de Portugal.

“Temos uma aposta estratégica no mercado português”, adianta o responsável, explicando que isso passa por três pontos principais: promover uma maior proximidade da base instalada, reforçar as equipas comerciais e garantir um apoio mais direto aos clientes.  

Para concretizar estes objetivos a Altitude quer “fazer uma aposta significativa em termos de parcerias, para a revenda e implementação da solução”. Reforçando esta rede de parceiros e integradores, a empresa pretende diminuir o recurso à estrutura central de especialistas e com isso o preço final das soluções que disponibiliza no mercado local.   

A Altitude foca atividade em três regiões principais: norte e sul da Europa e América Latina, embora também tenha presença na América do Norte e na Ásia. A empresa nasceu em Portugal, em 1993 e durante vários anos foi controlada por investidores nacionais que suportaram o desenvolvimento de uma solução de comunicações unificadas (Altitude uCI) que se afirmou como uma das maiores relevantes na sua área em todo o mundo.

Em 2011 o comando da estrutura acionista alterou-se e a maioria de capital deixou de ser português, mas o centro de competências manteve-se na região de Lisboa, onde continua. Neste centro trabalham 90 pessoas, mas a operação local é maior.

No total a Altitude emprega 150 pessoas em Portugal, um número que este ano deve crescer como já aconteceu no ano passado quando várias áreas foram reforçadas, com destaque para o departamento comercial. A principal meta é recuperar quota num mercado que nos últimos anos foi invadido pelo surgimento de um grande número de soluções, admite Miguel Noronha.  

As soluções da Altitude são comercializadas através de licenciamento ou renting e a empresa tem vindo também a trabalhar numa opção cloud, que já está disponível no Brasil e em alguns países do norte da Europa. A opção também está em fase de lançamento no mercado português. A distruição via cloud representa apenas 5% das receitas globais da Altitude Software, um peso que a companhia quer aumentar.