A Analysys Research, a consultora mundial de Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Novos Média apresentou recentemente um estudo denominado "Public Wireless LAN Access: Market Forecasts" que demonstra a viabilidade do acesso LAN sem fios, prevendo-se que estas atinjam os 20 milhões de utilizadores em 2006.
O acesso rápido à Internet, através de Wireless Local Area Network (WLAN) públicas a uma velocidade cem vez maior que um telefone GSM, será uma realidade mais tangível para trabalhadores móveis. Este tipo de ligação sem fios permite aos utilizadores conectar os seus computadores portáteis e PDAs aos fornecedores de serviço Internet ou às intranets das empresas com velocidades que rondam os 11 Mbits por segundo.
Segundo Ross Pow, consultor sénior da Analysys Research e autor do relatório, estes serviços estão agora disponíveis nos aeroportos, hotéis, cafés e países como a Áustria, Alemanha, Noruega e Suécia.
As previsões efectuadas pela Analysys salientam, que os serviços disponibilizados pelas WLANs públicas na Europa terão mais de vinte milhões de utilizadores como clientes, gerando cerca de três mil milhões de euros ou 601 mil milhões de escudos de receitas para os operadores públicos de WLAN. Actualmente, existem entre dez mil a vinte mil utilizadores de WLAN activos, na sua maioria nos Estados Unidos, conforme descrição do relatório.
O maior incentivo para o desenvolvimento deste mercado, de acordo com aquela consultora, é a adopção de plataformas técnicas baseadas na norma IEEE 802.11b, assim como o rápido crescimento do número de dispositivos como PDAs, telefones e computadores portáteis, que integram cartões pré-configurados que permitem o acesso a WLANs públicas.
O autor refere ainda que cerca de 100 mil empresas mundiais já adoptaram a tecnologia WLAN nas suas próprias redes empresariais. "A emergência das 802.11b como a tecnologia dominante neste mercado para WLANs públicas, poderá significar que outras tecnologias como a Bluetooth, serão usadas como extensão deste mercado", concretizou Ross Pow.
No relatório reafirma-se, no entanto, que existem mais alguns pontos a resolver, nomeadamente a possibilidade dos operadores de WLAns públicas fornecerem a quantidade de serviços necessária para potenciais utilizadores. A experiência do mercado americano sugere que os operadores públicos europeus daquela tecnologia devem efectuar acordos de roaming entre eles, no princípio, tendo em vista a diminuição dos custos do acesso a gateways e a diversos pontos cruciais localizados na rede (que rondarão os noventa mil na Europa ocidental em 2006, de acordo com a Analysys).
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