As receitas de serviços da Ericsson Portugal em Angola aumentaram ao longo do ano passado cerca de 50 por cento, contribuindo de forma destacada para a performance da unidade que cresceu 40 por cento no mesmo período.



Em termos absolutos os negócios naquele país contribuíram em 13 por cento para o volume de negócios apurado no ano, que se fixou nos 138 milhões de euros, mais 2 por cento que em 2005. Isto embora as receitas facturadas naquele país com software e hardware tenham deixado de passar pela Ericsson Portugal.



Para este ano, a Ericsson espera que os principais contributos para o crescimento do negócio venham da entrada em funcionamento dos primeiros serviços de IMS, plataforma de convergência que permite oferecer um leque alargado de aplicações sobre redes IP. Isto implica que os operadores continuem a migrar as suas redes para aquela tecnologia, um processo que a empresa também quer continuar a apoiar.



A banda larga móvel é outra das apostas fortes da empresa que em Portugal trabalha esta área com os três operadores móveis, com quem já vem desenvolvendo testes que preparam a migração das actuais ofertas HSDPA para os 7,2 Mbps.



Os serviços profissionalizados mantêm-se uma aposta forte do grupo que já colhe desta área 40 por cento das suas receitas anuais, um valor elevado comparado com o peso da área dentro do grupo de pouco mais de 10 por cento.



Hans-Erhard Reiter, presidente da filial portuguesa da Ericsson, admite que em 2007 o mercado português de telecomunicações poderá crescer acima das estimativas globais para o sector, uma tendência que resulta de um 2006 muito influenciado pelo clima de indecisão da OPA da Sonaecom sobre a PT.



Sem números ainda fechados a Ericsson admite mesmo que em 2006 o mercado possa ter decrescido. Para 2007, a empresa espera um ano de crescimento, que carece de um desenrolar rápido da oferta pública de aquisição da Sonae.



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