Sem grande surpresa, a Apple mantém o seu lugar como a marca mais valiosa do mundo, registando um crescimento de 35% para 355,1 mil milhões de dólares no último ano, segundo o relatório Brand Finance Global 500. A especialista faz anualmente um ranking das 500 marcas mais valiosas do mundo. A empresa da maçã assume o lugar cimeiro da lista, confirmando os bons resultados de 2021 que foram recentemente divulgados, num ano em que bateu recordes. O crescimento do valor da marca está também atribuído à empresa pelo reconhecimento que a mesma pode ser aplicada a um vasto leque de serviços.

Na lista das 10 marcas mais valiosas, os primeiros quatro lugares não sofreram qualquer mudança, com a Amazon a surgir em segundo lugar com a valorização de 350,3 mil milhões de dólares. A Google fecha o pódio com 263,4 mil milhões de dólares e a Microsoft vem a seguir com 184,2 mil milhões de dólares.

No caso da empresa de Jeff Bezos, a empresa cresceu 38%, reforçando os seus serviços de logística, ainda que a empresa fosse afetada pelas ruturas de stock e falta de colaboradores. Desde junho de 2021 que a empresa recrutou 133 mil novos empregados para fazer face aos desafios. A Google cresceu 38%, alavancado sobretudo pelas receitas de publicidade, ainda que a pandemia tenha limitado muitas empresas de divulgar os seus produtos. A gigante recuperou quando os negócios começaram a voltar à normalidade.

Veja na galeria as 10 marcas mais valiosas de 2022:

No quinto lugar da tabela surge a Walmart, que subiu um posto, trocando com a Samsung que caiu para sexto lugar. A gigante do retalho aumentou 20% do seu valor para uma valorização da marca em 111,9 mil milhões de dólares, graças ao seu investimento no e-commerce para se adaptar à pandemia. O crescimento da Samsung foi menor, de 5% face ao ano passado, com a sua marca a valer 107,3 mil milhões de dólares. Continua a ser a principal marca asiática na lista das mais valiosas.

O Facebook mantém o sétimo lugar da lista com uma avaliação da marca de 101,2 mil milhões de dólares. Assim como a chinesa ICBC, que permanece no oitavo lugar. Já a Huawei assume o nono lugar das marcas mais valiosas, tendo crescido 29% para 71,2 mil milhões de dólares. Apesar do negócio dos smartphones ter dado uma cambalhota devido ao embargo dos Estados Unidos, a Brand Finance diz que a empresa chinesa reagiu bem na mudança de direção, com investimentos em empresas de tecnologia doméstica, R&D e um maior foco nos serviços de cloud.

A Verizon fecha o Top 10, descendo para o décimo lugar com uma avaliação de marca de 69,6 mil milhões de dólares.

No seu relatório, a Brand Finance deixou outros detalhes interessantes sobre a sua lista das 500 marcas mais valiosas. Destaca o TikTok como estreia na lista, sendo a marca que mais cresceu; 215%. Da avaliação de 18,7 mil milhões em 2021, este ano vale 59 mil milhões de dólares, ocupando agora o 18º lugar no Top 500. A rede social foi das que mais cresceu durante a pandemia, sendo um refúgio de entretenimento para a população confinada pela COVID-19. A parceria estratégica para patrocinar o Euro 2020 colocou a marca fora da sua demografia habitual, Gen Z, alcançando mais utilizadores. Em 2021 ultrapassou a marca de mil milhões de utilizadores.

A indústria da tecnologia continua a ser a mais valiosa, seguindo-se o retalho, que cresceu 46% devido à pandemia. A indústria farmacêutica foi a que cresceu mais rápido, ao passo que o turismo caiu por razões opostas relacionadas com a COVID-19. Os Estados Unidos e a China continuam a dominar, com dois terços de avaliação das marcas, mas a Índia é a que tem crescimento mais rapidamente.