
As tarifas impostas pela administração de Donald Trump têm vindo a causar preocupações a nível global, mas as empresas dos Estados Unidos sentiram bem o impacto na subida dos impostos. Ainda antes de se saber o adiamento das taxas para produtos eletrónicos como smartphones e computadores, a Apple foi das empresas que manifestou formas de contornar o efeito das medidas. Uma das medidas foi deslocar para o Brasil o fabrico do iPhone, país onde a Apple e a Foxconn já tinham uma fábrica para produzir os modelos iPhone de gama de entrada.
O certo é que este cenário de contrarrelógio até entrarem em vigor as tarifas, deu-se uma corrida à procura do iPhone nas lojas dos Estados Unidos, obrigando a Apple a executar medidas “radicais” para garantir stocks. Na altura já se tinha avançado que a Apple tinha enchido cinco aviões com smartphones fabricados na Índia para reforçar os stocks.
A Reuters confirma esse movimento, destacando que em março foi transportado da Índia um stock de iPhones avaliado em 2 mil milhões de dólares, fabricados na Foxconn e Tata. As fábricas receberam instruções para acelerar a produção e assegurar voos de transporte com cerca de 600 toneladas de iPhones para os Estados Unidos.
Só a Foxconn exportou para os Estados Unidos um fornecimento de iPhones no valor de 1,31 mil milhões de dólares em março, que é considerado a maior carga de sempre, equivalente à combinação de janeiro e fevereiro. A “encomenda” incluía os modelos do iPhone 13, 14, 16 e 16e. Por outro lado, as exportações da Tata Electronics de fornecimento à Apple foram avaliadas em 612 milhões de dólares em março, num aumento de 61% em comparação ao mês anterior. Deste fornecedor saíram modelos do iPhone 15 e 16. Mais de 85% dos fornecimentos da Foxconn de janeiro e fevereiro foram enviados para Chicago, Los Angeles, Nova Iorque e São Francisco.
De notar que a Apple vende cerca de 220 milhões de iPhones por ano, sendo que apenas um quinto das importações saem das fábricas da Índia, sendo o resto da China, país que agora tem uma tarifa de 125%, quando antes era de 54%. A Reuters calculou que com uma taxa de 54%, o modelo iPhone 16 Pro Max que custa 1.599 dólares passaria a custar 2.300 dólares.
Pergunta do Dia
Em destaque
-
Multimédia
O melhor do céu e da Terra em imagens de eclipses, nebulosas e desafios planetários -
App do dia
Tem uma agenda cheia de tarefas? Sectograph ajuda a gerir o tempo com um "relógio" interativo -
Site do dia
Perde tempo a escrever um rascunho de texto por causa das correções? Teste o site do dia Flowdrafter -
How to TEK
Como planear os locais a visitar nas férias e em grupo no Google Maps
Comentários