Não há dúvidas de que a tecnologia vai vender bem este Natal, no entanto, restam algumas questões quanto aos segmentos que beneficiarão da maior atenção dos consumidores. Embora os smartphones e as consolas continuem a reunir preferência face aos demais produtos, uma entrevista conduzida pela Reuters a cerca de 24 analistas de mercado conclui que as vendas de assistentes virtuais vão superar os números dos headsets de realidade virtual.

Para 2016, as estimativas anteriormente feitas relativamente a esta tecnologia têm sido substancialmente cortadas. Só entre os PlayStation VR e os Oculus Rift, dois dos equipamentos de ponta que lideram o mercado, o volume de vendas ao público deverá rondar os 300 mil exemplares, um valor abaixo do esperado que levou a Piper Jaffray a reduzir em 65% as previsões iniciais de vendas para este ano. O último valor avançado pela empresa, aponta para os 2,2 milhões de unidades comercializadas entre janeiro e dezembro de 2016 com os Samsung Gear VR a conquistar a maior quota do segmento.

Por outro lado, as colunas munidas de assistentes virtuais devem superar as expectativas. Entre as duas mais populares do mercado, a Alexa e o Google Home, os analistas prevêm vendas na ordem dos 10 a 12 milhões de exemplares.

O preço é um dos principais justificativos. Enquanto um headset pode custar várias centenas de dólares, cingindo a sua utilização a um membro da família de cada vez, as assistentes virtuais expandem-se num leque de preços que vai dos 39 dólares (Echo Dot) aos 179 dólares (Echo) pela versão mais avançada que pode servir igualmente toda a família quase em simultâneo.

De acordo com a Associação de Tecnologia de Consumo, é provável que a Alexa e companhia superem não só os óculos de VR como boa parte da concorrência.