Depois de ter realinhado a estrutura da empresa no ano de 2003, apostando em duas áreas de negócio complementares, a Bizdirect conseguiu atingir no ano passado o break-even operacional. Os mais de 17 milhões de euros de receitas foram oriundos, na quase totalidade, da nova área de negócio designada BizProducts, onde a empresa centralizou as aquisições de Tecnologias de Informação dentro do Grupo Sonae.

Só nesta área de negócios, que no ano de 2002 ainda não estava totalmente integrada na Bizdirect, a empresa gerou receitas de 16.302 milhares de euros, ficando para o negócio de busines to business (que deu origem à Bizdirect), receitas de pouco mais de 702 mil euros. Ainda assim esta área de negócio registou um crescimento positivo face aos valores de 2002, subindo em 37% o volume de receitas.

Rui Paiva, Administrador delegado da Bizdirect, acredita que em 2004 as condições são mais favoráveis para um arranque “à séria” da utilização das transacções electrónicas nas empresas. Para isso contribui favoravelmente o facto da maioria das empresas portuguesas dispor já das ferramentas necessárias para o uso de sistemas de comércio electrónico (o computador e a Internet) e da apetência ser cada vez maior, para além da recente aprovação da lei que dá valor legal à Factura Electrónica, eliminando assim a barreira da necessidade do comprovativo em papel.

Considerando que a empresa provavelmente “nasceu antes do tempo”, tendo de recuar e fazer reestruturações depois da euforia inicial do ano de 2000 e 2001, Rui Paiva afirma que “agora era a altura ideal” para o nascimento do negócio B2B, mas que a Bizdirect aprendeu imenso com esta fase de adversidade.

Apesar de actualmente ter um peso pouco significativo no volume de negócios da Bizdirect, a área de B2B tem crescido sustentadamente, contando a empresa actualmente com 165 empresas compradoras, 462 empresas fornecedoras e um crescimento de 141 por cento no número de transacções realizadas electronicamente na plataforma em relação ao ano de 2002.

A mostrar também uma cada vez mais maturidade do negócio, Paulo Falcão, CEO da Bizdirect, afirma que o peso no volume de negócios das empresas accionistas é cada vez menor, tendo, em 2003, 40 por cento da facturação sido originada por empresas não participantes no capital do emarketplace.

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