Naquela que foi a sua primeira aparição pública desde que as famílias fundadoras da Hewlett-Packard se declararam contra a fusão com a Compaq, Carly Fiorina defendeu o plano de união das empresas. A directora executiva da HP aproveitou a demonstração de uma nova câmara digital e tecnologia de impressão no Consumer Electronics Show para referir que a HP necessita de alargar o seu espectro de acção para sobreviver.
De acordo com informações disponibilizadas pela agência de notícias Reuters, desde 7 de Dezembro – aquando da decisão da família Packard em opôr-se publicamente à fusão seguindo o exemplo da família Hewlett e do consórcio – que Carly Fiorina se manteve mais discreta. Todavia, na passada segunda feira o caso sofreu um reviravolta importante quando o conselho de administração da HP fez saber que tinha considerado inadequadas as explicações dadas por Walter Hewlett, membro do Conselho de administração, sobre quais as razões que o tinham levado primeiro a votar a favor da fusão e a opôr-se posteriormente à mesma.
Embora tenha sido já admitido que a nova empresa possa vir a perder receitas a curto prazo, os favoráveis à fusão garantiram também que Walter Hewlett e os seus conselheiros calcularam mal o efeito resultante de tal negócio nos lucros da futura companhia. Os defensores afirmam que se a fusão não for para a frente, as empresas ficarão dependentes de estratégias fracas em algumas áreas de negócio e irão ficar numa posição que as impossibilita de responder rapidamente às necessidades dos seus clientes.
Enquanto isto Fiorina continua a reforçar a sua opinião e a afirmar que estagnar é perder mercado. Ainda durante a sua apresentação no Consumer Electronics Show esta responsável referiu que a fusão permitiria também contribuir para uma melhoria significativa dos portfólios apresentados por ambas as empresas. Porém, alguns cépticos, onde se inclui Walter Hewlett, afirmam que a dusão apenas fará diluir o valor da divisão de imaging e atrelar a HP a uma enorme divisão de computadores pessoais quando, na realidade, o que a empresa mais necessita é de desenvolver os seus equipamentos topo de gama.
A votação que decidirá o futuro da Hewlett-Packard e da Compaq ainda não tem data marcada mas espera-se que, aquela que é talvez a maior fusão de sempre deste sector, apenas seja decidida no final de Fevereiro.
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