O Governo inaugurou esta terça-feira, no Parque das Nações, o primeiro ponto de carregamento da Mobi.E, a rede nacional de mobilidade eléctrica, um ano após a criação do projecto.

Quando foi lançado, a 29 de junho de 2009, o plano para a mobilidade eléctrica previa 320 locais de abastecimento de carros eléctricos no final deste ano e 1.300 até ao final de 2011.

"Passado um ano vamos dar um passo importante, que é passar do programa para a realidade. Foi um ano intenso, mas hoje vamos pôr o primeiro ponto de carregamento da Mobi-e no terreno", declarou o coordenador nacional para o programa de mobilidade eléctrica, João Dias, citado pela Lusa.

O mesmo responsável referiu que o custo de carregamento dos carros eléctricos deverão ficar entre 1,5 euros e 4,5 euros por cada 100 quilómetros. O valor mais baixo (1,5 euros) diz respeito a um automóvel abastecido durante a noite, na casa do proprietário, num regime de tarifa bi-horária; já o preço mais elevado deverá corresponder a um posto de carregamento rápido, que reduz o tempo para o automóvel ficar com a bateria pronta a utilizar.

Até ao final deste ano, o abastecimento será sem custo para os utilizadores, escreve por sua vez o Público, prevendo-se que depois passe a ser utilizado um cartão pré-pago, numa primeira fase, do qual serão deduzidos os custos da electricidade e uma taxa cobrada pelo serviço. Este é um dos valores ainda por conhecer, tal como o custo de aluguer das baterias - nos casos em que isso acontecer.

Antes de inaugurar o primeiro ponto de abastecimento, no Parque das Nações, em Lisboa, o primeiro-ministro reafirmou o interesse do Governo em incentivar a mobilidade eléctrica em Portugal. "O veículo eléctrico é uma peça central da nossa estratégia energética", declarou, segundo o Jornal de Negócios.

José Sócrates mostrou-se convicto de que "esta vai ser uma das áreas do futuro, onde o Governo mais vai investir", apelando às empresas e cidadãos para também apostarem nos carros eléctricos.