O impacto da e-Economia, seus benefícios e políticas nas empresas europeias foi tema de uma comunicação apresentada pela Comissão Europeia no Conselho de Ministros da União Europeia (UE) do passado dia 5 de Dezembro, no qual se procurou programar a agenda política para 2002 de forma a maximizar os eventuais benefícios da e-Economia para as empresas da UE.
Na sua parte analítica, aquele documento da Comissão distingue um número considerável de mudanças que tiveram lugar na "economia electrónica", desde a reunião de Lisboa. Segundo a Comissão, desde essa altura, a e-Economia sofreu alterações substanciais, como o comportamento e as expectativas dos depositários. Em particular, a precipitação dos preços relacionados com as TIC e a reestruturação do sector eliminaram a maior parte do optimismo exacerbado, que obscureceu o debate e a análise no final dos anos noventa.
A Comissão observou de perto o impacto das TIC na economia, nas empresas e na maior parte dos instrumentos políticos da economia. Na comunicação é efectuado o balanço dos recentes desenvolvimentos, seguindo os pontos principais da conferência sobre e-Economia, organizada e realizada a convite do Presidente Prodi, em Março de 2001. O organismo salienta que a partir dessa altura, a situação económica se deteriorou substancialmente devido à recessão existente na economia americana, que teve impacto negativo em todo o mundo.
A comunicação da Comissão vem confirmar a necessidade de uma reforma estrutural para criar um ambiente mais favorável aos empresários, dando respostas e acelerando as mudanças, de modo a poderem retirar maior potencial da e-Economia.
A acção inclui a aceleração da construção de uma moldura clara e previsível de e-business, beneficiando da participação total das PMEs na e-Economia. É também de destacar, o aumento da disponibilidade do capital de risco e do financiamento de mercado, favorecendo a cultura das empresas e da inovação.
Também a formação de profissionais de e-business e na área das TIC e a investigação relacionada com a e-Economia, assim como a promoção de mercados abertos, a competição das empresas e a maximização de oportunidades de negócios na União Europeia, foram pontos abordados.
Erkki Liikanen, comissário das empresas e da Sociedade da Informação, referiu que "em 2002, a Comissão Europeia deverá intensificar o debate entre os Estados membros, indústria, parceiros sociais e consumidores", acrescentando a necessidade de agendar debates "que maximizem os benefícios de todas as empresas europeias, nomeadamente as PMEs", concluiu.
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