Os leitores mais dedicados à tecnologia de consumo podem olhar com arrepio para os principais temas que vão marcar a CeBit 2014. Mas este ano existem muitas soluções que bailam na fronteira entre o consumidor final e o segmento empresarial. As soluções corporativas não precisam de ser enfadonhas e as empresas que estiveram no evento de antevisão provam isso mesmo.

Uma cadeia de retalho dedicada ao modelismo 3D

A começar pela iGo3D, uma empresa que se está a especializar na venda de serviços de impressão e digitalização 3D. Como as tecnologias ainda são recentes e dispendiosas para a maior parte das pessoas, os criadores acharam que fazia sentido abrir uma loja onde as empresas pudessem experimentar ocasionalmente a tecnologia.

A marca alemã já tem alguns clientes que procuram sobretudo a impressão de protótipos de produtos que estão a desenvolver. Outro serviço passa pela digitalização 3D, que em menos de dez minutos consegue criar um modelo de um determinado objeto ou pessoa.

O responsável da iGo3D revelou ao TeK que recentemente a empresa fechou um acordo com a Beeverycreative para que também a Beethefirst, a primeira impressora 3D portuguesa, possa constar no catálogo de ofertas que vão ter em franchising. No espaço de seis anos o plano é de ter uma grande loja nas principais cidades europeias.

Faça uma chamada, plante uma árvore

A EcoTalk aposta numa visão própria num negócio que não é propriamente uma novidade no mercado. A empresa especializada em plataformas de conferência por telefone compromete-se a plantar uma árvore por cada hora de chamadas feita pelos seus serviços.

Os preços estão em linha com o que as outras empresas do mercado praticam, mas há a vantagem de a empresa estar a contribuir para a diminuição da pegada de carbono, tanto a sua como a dos outros. No final de cada ano a empresa entrega um certificado a cada cliente, dizendo quanto contribuiu para o desenvolvimento da natureza.

O diretor executivo da EcoTalk, Alexander Stellmach, vê inclusive um grande potencial desta solução em Portugal onde todos os anos ardem imensas árvores durante o verão. Para já todas as plantas são cultivadas maioritariamente nos EUA através da parceria com a organização Plant for the Planet, mas no futuro podem vir a ser plantadas mesmo nos terrenos de determinado escritório.

Do rídiculo ao imaginário real

O TeK encontrou inclusive um projeto conhecido dos leitores e que já tinha sido referido: o AirWriting. O Instituto Tecnológico de Karlsruhe (KIT), na Alemanha, já tem um protótipo em funcionamento de um sistema de reconhecimento de escrita sem suporte - os utilizadores escrevem no ar, literalmente, e a mensagem aparece no computador.

A investigação conta com apoio da Google já que a tecnologia no futuro pode vir a ser usada em sintonia com os Google Glass. De momento os investigadores não estão a testar nenhuma ferramenta em concreto, mas a possibilidade ficou no ar.

A responsável principal da investigação considera que pode parecer rídiculo ver pessoas a escrever no nada, mas a partir do momento em que puder responder a uma mensagem sem tirar o telemóvel do bolso essa ideia vai-se transformar, garante a investigadora. Confrontada com a simplicidade dos comandos de voz, a representante da KIT considera que a sua invenção é complementar.

A tecnologia funciona com base num sensor de movimento que é acoplado ao pulso do utilizador. O software reconhece depois até 8.000 palavras em inglês. Para já não existem planos para alargar a tecnologia a outros idiomas.

Rui da Rocha Ferreira


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

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