Erich Schmidt, o ainda presidente da Google, considera que a Nokia "fez uma má escolha" quando decidiu juntar-se à Microsoft para renovar a sua estratégia no mercado móvel. O responsável aproveitou uma intervenção no Mobile World Congress para convidar a Nokia a usar o Android no futuro.


A Google não confirma, mas o The Telegraph assegura que muito antes das negociações com a Microsoft decorreram conversas com a responsável pelo desenvolvimento do Android, mas estas negociações secretas com a Google não chegaram a bom porto e a fabricante finlandesa continuou à procura.


"Teríamos muito gosto que nos tivessem elegido mas escolheram outra opção, outro concorrente", diz Schmidt. "Gostaríamos que a Nokia adoptasse o Android em algum momento e esta é uma oferta que se manterá aberta. Acreditamos que o Android seria uma boa opção para a Nokia", acrescenta.



O CEO da Google, de saída do cargo, aproveitou para recordar que o Android conseguiu, num tempo recorde, chegar a mais de 300 mil activações por dia e que é hoje utilizado por 27 fabricantes que asseguram a sua presença em 69 países.


De sublinhar que a Google não é a única a considerar que o acordo entre a Nokia e a Microsoft não foi uma boa opção. As acções da empresa caíram significativamente desde o anúncio na última sexta-feira.


O presidente do sindicato de trabalhadores da fabricante alertou ontem numa entrevista ao Financial Times para a possibilidade de um elevado número de despedimentos na Nokia, na sequência do acordo. Segundo ele a aproximação à Microsoft pode abrir caminho para cerca de 6 mil despedimentos.



Ontem um grupo de seis accionistas, não identificados, colocou online um manifesto que exige um plano B para a empresa, alternativo à parceria com a Microsoft, e exige a demissão imediata do actual presidente da empresa.