A Chronopost e a SEUR fundiram-se esta segunda-feira no mercado nacional e a DPD passa a ser a marca que representa as duas empresas presentes no país há mais de 30 anos. O anúncio foi feito numa sessão de apresentação aos jornalistas pelo presidente executivo das empresas em Portugal e pretende “criar condições para a nova DPD ter uma oferta de serviços como nenhuma das duas empresas tinha até agora”.
Falando de um “dia importante” para a rede de entrega de encomendas da GeoPost conhecida como o DPDgroup, Olivier Establet mostrou-se bastante satisfeito com “esta realidade que já se falava há algum tempo finalmente se ter concretizado”. E agora, garante, “um mais um dá três porque a qualidade do serviço vai ter de ser superior à prestada por qualquer das duas empresas”.
Com o propósito de melhorar a experiência dos seus clientes, a marca vai lançar uma app no início de outubro, a My DPD. Alterar a hora de entrega e reencaminhar a encomenda para uma rede pickup serão algumas das funcionalidades da futura aplicação. E vêm aí mais novidades a caminho: "os e-lockers", uma espécie de cadeado digital das encomendas.
O consumidor passa a aproximar-se da encomenda que fica desbloqueada, num serviço disponível a qualquer hora do dia. Uma entrega premium ao domícilio para clientes que querem receber a encomenda em poucos minutos ou em poucas horas vai ser outro serviço com os quais os portugueses poderão contar. Para além disso, Lisboa foi a cidade escolhida para criar o “maior centro de distribuição de Portugal”, num investimento de 25 milhões de euros.
Esta fusão tem quatro objetivos claros para o DPDgroup, sendo um deles apostar na complementaridade no portfólio de serviços das duas empresas que detém, tendo em conta que em Portugal a Chronopost é líder do mercado doméstico, enquanto a SEUR é líder dos fluxos ibéricos, de acordo com o presidente executivo. Neste campo foi, por isso, identificado “um potencial de crescimento”. Por outro lado, a nova marca pretende agora atingir a liderança, uniformizar o processo de entrega e melhorar a qualidade de serviço que passa por fazer entregas " mais rápidas e em mais locais".
Esta decisão surge numa altura em que o ecommerce representa apenas 4% Portugal quando a média europeia é de 10%, de acordo com o presidente executivo. Segundo um recente inquérito realizado pela empresa de estudos de mercado Nielsen para o Observador Cetelem a falta de confiança impede mais de dois terços dos portugueses de fazerem compras online, mas Olivier Establet garante que as novidades apresentadas já estão preparadas para uma realidade diferente da atual em Portugal, numa altura em que as encomendas online assumam uma importância maior, sendo também pensadas para soluções mais económicas.
Com soluções focadas no serviço de entregas, as empresas continuarão a ser controladas pela GeoPost, que é o ramo internacional da empresa de correios francesa La Poste. Mas agora a DPD estima fechar o ano de 2019 com 22,5 milhões de encomendas entregues, 77 milhões de euros de faturação, 1.400 colaboradores e 600 circuitos de distribuição.
Em 2018, o DPDgroup registou 7,3 mil milhões de euros de receita e 1,3 mil milhões de encomendas em todo o mundo. Presente em 22 países, o grupo conta com 75.000 especialistas em entregas e 42.000 pontos de entrega.
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