O ataque à TAP foi um dos casos mais mediáticos do panorama da cibersegurança em Portugal ao longo do ano passado. Agora, Christine Ourmières-Widener, CEO da TAP, revela que o prejuízo do ataque atingiu a marca dos 5,7 milhões de euros.
“Em agosto, um ciberataque afetou a atividade com perdas estimadas de 5 milhões de euros de receitas e 700 mil euros de custos adicionais”, afirmou a responsável durante uma recente audição na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, requerida pelo Chega, acerca da indemnização de 500.000 euros à antiga administradora Alexandra Reis.
Reivindicado pelo grupo Ragnar Locker, o ataque à TAP remonta a agosto do ano passado. Inicialmente, a companhia aérea deu a conhecer que não foi possível concluir se os hackers tinham acedido indevidamente aos dados dos clientes. No entanto, dias depois, o grupo de piratas informáticos revelou que tinha roubado dados de mais de 400 clientes.
Depois de divulgarem informação relativa a 115 mil pessoas, os hackers publicaram na Dark Web 581 GB de dados da companhia aérea, incluindo de 1,5 milhões de clientes, alegando que tinham acesso aos sistemas informáticos da empresa.
Num email enviado aos clientes, a TAP confirmou que, embora tivessem sido “tomadas de imediato medidas de contenção e remediação para proteger os dados dos clientes”, os hackers publicaram informação de “um número limitado de clientes”, incluindo “nome, nacionalidade, género, morada, email, contato telefónico, data de registo de cliente e número de passageiro frequente”.
Acredita-se que a fuga de dados contou também com documentos de identificação de pessoas que são profissionais ou parceiros da TAP, além de documentação relativa a acordos confidenciais com várias empresas e relações com outras companhias de aviação.
Numa mensagem publicada em setembro, Christine Ourmières-Widener, defendeu que a companhia aérea não negociaria com os piratas informáticos. A empresa enfatizou que estava a trabalhar com o Centro Nacional de Cibersegurança, a Polícia Judiciária e a Microsoft para investigar o caso.
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