A ITEN Solutions é a quinta compra da Claranet em Portugal, mas também a maior em “dimensão e importância”. Um “grande voto de confiança” dado pela multinacional, pelo peso que o mercado português tem no grupo.
“Não é normal um país tão pequeno em termos de PIB ter acesso a tal capacidade de investimento”, afirmou António Miguel Ferreira, presidente da comissão executiva da Claranet em Portugal, em entrevista ao TeK. “Este negócio só foi possível graças àquilo que conseguimos construir nos últimos três anos e que nos transforma num dos três mercados que mais contribui para o volume de negócios do grupo”.
Depois de cinco empresas compradas, o foco neste momento vira-se para o crescimento orgânico, embora a ambição de crescer por aquisição permaneça. Quando acontecerem – e se acontecerem – as futuras aquisições serão essencialmente "cirúrgicas", no sentido de "reforçarem uma parte da oferta em áreas que sejam estratégicas para nós”.
A cloud, a digitalização de processos de negócio, segurança e análise de dados são exemplos. António Miguel Ferreira diz que são áreas onde a empresa vê um grande potencial de crescimento no futuro, tanto internacionalmente como em Portugal onde as empresas “estão um pouco mais atrás”.
Competências asseguradas que também se traduzem em números
As aquisições dos últimos anos possibilitaram à Claranet em Portugal reunir um conjunto de competências que lhe permite oferecer soluções de TI em várias frentes, do on premise à cloud. “Hoje cobrimos todas as áreas. O nosso enfoque é a prestação de serviços independentemente das infraestruturas estarem no cliente, nos nossos data centers ou em terceiros”, assegura António Miguel Ferreira.
Além do reforço das competências com aquisições e contratações, o percurso da empresa em Portugal também se traduz em números. “Temos um volume de negócios consolidado de quase 100 milhões de euros em Portugal”, refere, sendo que a intenção de crescer três a cinco vezes mais em três anos já foi ultrapassada.
Assegurada a dimensão, as metas agora são as da rentabilidade. “Crescemos mais rapidamente do que prevíamos e agora temos de continuar a crescer sendo mais eficientes”. E a garantia é a de que a empresa está no bom caminho. “Estamos do lado das fatias do bolo de TI que estão a aumentar”, ou seja as áreas mais procuradas pelas organizações em Portugal.
“Hoje com 500 colaboradores conseguimos ser mais eficientes do que 10 empresas com 50 colaboradores cada, porque temos maior especialização, temos processos afinados e conseguimos com isso transmitir melhores condições aos nossos clientes. Temos argumentos muito fortes para trabalharem cada vez mais connosco”, considera o responsável da Claranet Portugal.
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