Depois de um período de investigação, a Comissão Europeia deu ontem o seu parecer positivo à planeada fusão entre a Hewlett-Packard e a Compaq, afirmando que o negócio entre os dois fabricantes norte-americanos não põe em causa a competitividade no mercado europeu.
"Uma análise cuidada da fusão (...) demonstrou que a HP não ficaria numa posição que lhe permitisse aumentar preços e que os consumidores poderiam continuar a beneficiar de um nível de escolha e inovação suficiente", explica a Comissão em comunicado oficial.
Segundo o mesmo órgão executivo, a concorrência é "actualmente e potencialmente intensa" em todos os mercados considerados durante o processo de investigação, e logo "a operação não conduzirá à criação ou ao reforço de qualquer posição dominante".
Em comunicado oficial, a Comissão explica ainda que a sua investigação à fusão se centrou nos mercados de computadores pessoais (PC), servidores, equipamentos de mão, soluções e serviços de armazenamento. Além disso, foi ainda analisado o impacto de tal negócio sobre o desenvolvimento conjunto do processador Itanium, que a HP leva a cabo com a Intel, bem como a importância "da expansão das oportunidades da HP em matéria de vendas conjuntas de PCs e impressoras em consequência da integração dos produtos PC da Compaq".
Reagindo à recente decisão europeia, Carly Fiorina, directora executiva da HP, citada pela Associated Press, considera que esta "é um passo encorajador (...) no processo para convencer os reguladores a nível mundial de que o acordo irá estimular a competitividade". De igual forma agradado com a decisão, Michael Capellas, presidente e director executivo da Compaq, por sua vez declarou que a mesma é uma meta importante, "particularmente devido à relevância do mercado europeu para nós".
Juntas, a HP e a Compaq irão reunir cerca de 22 a 23 por cento do mercado europeu de computadores pessoais, mas aproximadamente 47 por cento do mercado nas áreas dos servidores e discos de armazenamento, segundo dados da Gartner-Dataquest.
A decisão da Comissão não invalida ou prejudica os resultados da avaliação levada a cabo nos EUA, pela Federal Trade Comission que continua a analisar a possível fusão. O negócio está ainda dependente da habitual aprovação dos accionistas.
Membro do conselho de administração, Walter Hewlett, filho de um dos co-fundadores da HP e a voz que mais se tem oposto ao negócio, afirma que poucos concorrentes da empresa levantaram objecções ao negócio durante o processo de investigação da União Europeia. "Não nos surpreende", declarou. "Acreditamos que a Dell, a Sun e a IBM devem estar deliciadas com a perspectiva de uma fusão que irá tão fortemente distrair e prejudicar dois dos seus rivais".
Segundo o noticiado pela Associated Press, a HP e a Compaq irão esperar por outras decisões regulatórias antes de marcar uma data para a votação dos accionistas.
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