A implementação em pleno do Programa Nacional de Compras Electrónicas permitirá ao Estado gerar poupanças anuais de 250 milhões de euros, avançou hoje Morais Sarmento, ministro de Estado e da Presidência.



Num encontro que serviu para fazer o balanço da implementação do projecto no último ano e apresentar o Portal de Compras, que foi hoje lançado na sua componente informativa, foram dadas a conhecer as poupanças geradas com as compras electrónicas em 2004, período durante o qual decorreram 8 projectos pilotos.



Segundo estes números, as poupanças geradas atingiram os 3 milhões de euros, envolvendo 907 utilizadores de 131 organismos. Em média as 27 negociações realizadas em 2004 permitiram uma poupança de 30 por cento, face aos valores conseguidos nos modelos offline anteriores.



O Programa Nacional de Compras Electrónicas deverá estar concluído em 2006, altura em que as compras efectuadas por esta via se generalizam a várias categorias. Até agora a grande maioria dos artigos negociados online pelos ministérios são consumíveis e material de escritório.



Numa segunda fase, que agora arranca, a complexidade e valor dos artigos comprados desta forma irá aumentar passando para categorias como as comunicações, restauração ou combustíveis.



Optimizadas as estruturas para operações mais complexas os projectos evoluem para uma terceira fase onde as plataformas online dão suporte à negociação de transportes, locação de edifícios, entre outros. À medida que a complexidade dos produtos transaccionados aumenta, os responsáveis prevêem que também as poupanças sejam mais significativas.



Entre Fevereiro e Março arrancam os restantes nove pilotos



Fora da primeira experiência piloto, envolvendo oito ministérios, ficaram ainda nove ministérios que entre Fevereiro e Março avançam com o mesmo tipo de procedimentos.



Segundo explicou ao TeK Renato Adrião, da UMIC, os restantes ministérios estão a postos para avançar com o processo aguardando apenas a disponibilização das verbas do PIDDAC.



A par com a preparação dos ministérios a UMIC está a trabalhar num conjunto de outras componentes, essenciais à implementação do programa e ao funcionamento do Portal de Compras na sua componente transaccional.



Entre estes falta criar o Registo Nacional de Fornecedores - actualmente em fase de adjudicação - que cria uma base de dados com as empresas aptas para venderem ao Estado através da Internet, e a criação de Unidades Ministeriais de Compras que passam a centralizar num único organismo as necessidades de todo o ministério. Este trabalho foi já iniciado por alguns dos ministérios, mas deverá ser concluído por todos para ser possível a criação de uma Unidade Nacional de Compras.



O Portal de Compras vai centralizar todos os concursos para aquisição de bens e serviços adquiridos pelo Estado com valor superior a 125 mil euros. Para já o portal está apenas disponível na sua vertente informativa embora seja já possível consultar concursos públicos agendados para os próximos meses e informação sobre o funcionamento do sistema.




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