Tentar perceber a relação entre a produtividade e as tecnologias da informação é o objectivo do Work Informational Productivity Council, uma associação independente formalizada no passado mês de Março que reúne entidades de natureza diferente, como a académica e a empresarial, num objectivo comum: o de criar um método para medir a produtividade do info-trabalhador.



"Criou-se um concenso geral de que a relação entre produtividade e tecnologias da informação é positiva", referiu Tom Davenport, um dos responsáveis pelo painel de investigação académica do Work Informational Productivity Council, que hoje esteve em Lisboa para dar a coonhecer a associação e seus objectivos. O autor do conceituado "The Attention Economy" defende que as TIs mal geridas podem originar maus resultados, mas pelo contrário "quando geridas como deve de ser podem transformar-se numa ferramenta muito poderosa para a produtividade".



Durante os próximos três anos, Tom Davenport e os restantes participantes do WIPC, onde se poderão encontrar alguns dos nomes mais sonantes da indústria mundial ligada à tecnologia - Microsoft, Cisco, British Telecom, HP, entre outros -, propõem-se, assim, estudar a produtividade no ambiente de negócios centrado na disponibilidade da informação. O objectivo é, segundo o explicado por Susan Conway, responsável pela área da indústria no consórcio, durante a conferência de hoje, perceber melhor a forma como como as organizações tiram vantagem da tecnologia e dos serviços empresariais para melhorar a sua produtividade e logo a sua rentabilidade.



Quase a terminar, a primeira fase do projecto centrou-se no feedback dos clientes, consistindo no contacto com 28 empresas de diferentes áreas, de modo a conhecer as suas definições de produtividade e os métodos que utilizam para alcançar essa mesma produtividade. Ao fim dos três anos o WIPC pretende ter dados que possa partilhar com a indústria, salientando a forma como as empresas seleccionam e gerem os seus investimentos em TIs.



Em Outubro serão publicados os primeiros dados, com os resumos dos diferentes inquéritos. Nos três meses seguintes surgirão as primeiras análises sobre os dados reunidos. "Aquilo que se aprendeu com estas primeiras investigações e aquilo que será necessário perguntar durante 2004", explicou Susan Conway.


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