Poucos dias depois de ter terminado o seu ano fiscal de 2001, a Corel revelou ontem a sua estratégia para o ano fiscal de 2002, passando em revista as novas oportunidades de mercado, projecções financeiras e as aquisições da Micrografx e da SoftQuad. Os responsáveis pela empresa apresentaram a próxima etapa para o crescimento da Corel, tendo como fundamento a linha estratégica introduzida em Janeiro de 2001.



Para o próximo ano, a Corel vai apostar numa iniciativa dividida em três partes: segmentar o mercado de forma a ir de encontro aos principais perfis dos seus consumidores, realizar investimentos estratégicos para captar novos mercados e desenvolver soluções destinadas aos mercados emergentes com vista a dar resposta às necessidades em evolução da sua base global de clientes.



"O nosso futuro negócio irá capitalizar tendo por base os activos tecnológicos da companhia, quer os orgânicos, quer os adquiridos, à medida que investimos para conquistar novos mercados com um elevado nível de crescimento e que nos estabelecemos como um fornecedor líder de soluções empresariais nas àreas da ilustração técnica, gestão de processos empresariais e soluções de conteúdos baseadas em XML (eXtensible Markup Language)", afirmou Derek Burney, presidente e director executivo da Corel.



Por seu lado, John Blaine, director financeiro da empresa disse: "Estamos satisfeitos com o progresso que efectuámos durante o ano passado para reerguer a companhia e estabelecer fundações para o crescimento futuro, especialmente à luz do desaceleramento económico sentido no final de 2001".



Em termos de previsões, a empresa anunciou que estima obter um total de receitas entre os 170 e os 180 milhões de dólares (de 192 a 203,3 milhões de euros ou de 38,5 a 40,7 milhões de contos) para o ano fiscal de 2002, o que representa um crescimento em relação às receitas esperadas para o ano fiscal de 2001 - que terminou no dia 30 de Novembro. Apesar deste crescimento das receitas, prevê-se que o aumento dos investimentos estratégicos da Corel resulte numa perda bruta entre 23 a 31 milhões de dólares (de 26 a 35 milhões de euros ou de 5,2 a 7 milhões de contos), ou de 20 a 27 cêntimos de dólar por acção (de 22 a 30 cêntimos de euro ou de 45,2 a 61,1 escudos).



Estes montantes excluem os custos não-monetários de amortização gerados pelas aquisições da Micrografx e da SoftQuad. A Corel também anunciou que espera agora que o processo de compra desta última empresa termine antes do primeiro trimestre do seu ano fiscal de 2002, que encerra a 28 de Feveiro de 2002. Os responsáveis das duas companhias estão actualmente à espera da aprovação legal da documentação necessária relativa à aquisição. Depois do fecho do negócio, serão divulgados mais detalhes do plano de integração para as duas empresas.


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