A mais recente análise da IDC revela que o mercado tablets da região EMEA (Europa, Médio Oriente e África) poderá sofrer “em força” os impactos do surto de Coronavírus (COVID-19) no segundo trimestre de 2020. Os analistas preveem que, a nível de crescimento anual, o mercado apresentará um decréscimo de 7,3% em comparação com o ano anterior.
Ao contrário das estimativas avançadas pela Gartner no fim de janeiro, as previsões da IDC indicam que o primeiro semestre de 2020 terá um impacto negativo no mercado tablets da região EMEA, significando uma diminuição na ordem dos 4%.
Os últimos três meses de 2019 não foram muito positivos para o mercado em questão. De acordo com os analistas, houve um decréscimo de 8,7%. Da totalidade de 12,9 milhões de unidades distribuídas nas lojas a nível mundial ao longo do período em questão, 25,2% eram da Samsung, 23,8% da Apple e 9,5% da Huawei. Já fora do “pódio” estavam a Lenovo, com 8,2%, e a Amazon, com 5,5%.
A IDC afirma que embora ainda seja cedo para medir o impacto total do COVID-19 no mercado de dispositivos móveis, em especial no dos tablets, o encerramento de várias fábricas comprometeu a produção em fevereiro. A imposição de quarentena obrigatória em áreas essenciais ao fabrico de componentes essenciais causou também uma disrupção nas cadeias de produção, elucida Daniel Goncalves, senior research analyst da IDC.
Os planos de contingência do governo chinês poderão fazer com que a segunda metade de 2020 traga alguma normalidade ao mercado de tablets. Não obstante, o analista indica que há “claros sinais de que o impacto negativo não poderá ser totalmente mitigado”.
Recorde-se que o surto de COVID-19 poderá afetar a produção do novo iPad Pro e causar um adiamento no seu lançamento. A Apple chegou a fechar as portas das suas lojas na China, mas toda a logística da empresa tem sido afetada. Embora as fábricas tenham retomado as operações, estas estão longe de operarem a 100%.
A empresa da maçã mantém a dificuldade na produção de equipamentos e já terá avisado os seus empregados e lojas de retalho para eventuais falhas na entrega de iPhones. Poderá haver sobretudo problemas na substituição de equipamentos danificados, numa estimativa de entrega entre duas a quatro semanas, segundo o relato dos próprios empregados.
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